O presidente-executivo da Amazon, Jeff Bezos, não pediu desculpas pela falta de lucro de sua companhia de vinte anos durante uma rara aparição pública na terça-feira, salientando que ele gasta apenas seis horas por ano em relações com investidores.
Bezos também discutiu a amarga disputa com a editora Hachette Book Group e sua compra do Washington Post. Ele reconheceu que a Amazon tem um plano de sucessão em andamento, mas ficou em silêncio sobre os detalhes.
Os comentários foram feitos um dia depois de a Moody's ter cortado sua perspectiva para a Amazon para "negativa", citando a futura oferta de títulos da companhia e a "falta de visibilidade" sobre como os recursos serão aplicados.
Investidores têm ficado cada vez mais descontentes com os gastos e a falta de transparência sobre os planos futuros da Amazon. As ações da companhia caíram mais de 18 por cento neste ano, apesar de uma alta de 14% no índice Nasdaq.
Cultura inovadora
Jeff Bezos defendeu a cultura da Amazon como uma que está disposta a gastar em novos projetos mesmo que eles não tenham sucesso, como seu telefone Fire, que não teve boas vendas. "Somos uma companhia grande, mas também somos uma startup ainda. Há muita volatilidade em startups", disse Bezos em uma conferência organizada pelo site Business Insider em Nova York.
Bezos, investidor do Business Insider, defendeu a abordagem da Amazon durante a longa disputa contratual com a Hachette, que veio à luz depois que a Amazon atrasou entregas e removeu opções de pré-venda para vários títulos da editora. A disputa foi resolvida em novembro.
As editoras estão em situação melhor hoje devido aos e-books, que se popularizaram depois que a Amazon lançou o Kindle em 2007, disse ele, acrescentando que livros ainda são caros demais.
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