O Brasil foi o país mais atacado do mundo via phishing (golpe que usa iscas para enganar as pessoas) pelo WhatsApp, com mais de 76 mil tentativas de fraudes no último ano. A informação vem de um relatório da empresa de segurança digital Kaspersky.
Os dados do levantamento "Spam e Phishing de 2022" foram divulgados na quinta-feira (16). Eles também mostraram que o país é o quarto no mundo que mais sofre golpe via e-mail.
De acordo com Fabio Assolini, diretor de pesquisa e análise da Kaspersky para a América Latina, o phishing é o golpe mais comum no Brasil porque é muito fácil criá-lo, com um baixo custo.
“Essa ameaça se torna ainda mais eficaz devido a criatividade do cibercrime brasileiro, que consegue criar ‘desculpas’ convincentes para suas artimanhas”, disse em um comunicado.
Outros dados de fraudes no Brasil
Segundo a pesquisa, em 2022 houve um aumento na distribuição de mensagens maliciosas por meio de apps de mensagem, sendo a maioria delas no WhatsApp (82,71%), Telegram (14,12%) e Viber (3,17%).
O sistema antiphishing da Kaspersky detectou e bloqueou mundialmente cerca de 508 milhões de tentativas de acesso a conteúdo fraudulento, com 10,57% deles apenas no Brasil.
A empresa explica que a técnica mais usada pelos cibercriminosos foi a engenharia social. Trata-se da criação de páginas web idênticas aos sites originais, que coletam dados particulares das vítimas ou incentivam a transferência de dinheiro para fraudadores. O golpe visa tanto pessoas físicas quanto empresas e outras organizações.
Outro dado mostrou que clientes de serviços para entrega de encomendas foram as vítimas mais atacadas por phishing, com 27,38% de todos os bloqueios contabilizados.
Nesta prática, os hackers enviam e-mails falsos que simulam ser de empresas de entrega conhecidas e dizem haver problemas com uma entrega — e-mail inclui um link para um site falso, onde são solicitadas informações pessoais ou dados financeiros.
Se a vítima cair no golpe e fornecer essas informações, além do acesso à conta e a possível perda do dinheiro ali armazenado, ela pode perder sua identidade e credenciais bancárias, que podem ser vendidas na dark web.
Outros alvos populares de ataques de phishing incluem lojas virtuais (15,56%), sistemas de pagamento (10,39%) e bancos (10,39%).
Como se proteger de golpes online
Algumas práticas, no entanto, podem ajudar que você caia em golpes online e tenha suas informações pessoais roubadas Confira:
- Abra mensagens e clique em links apenas se tiver certeza de que pode confiar no remetente;
- Quando um remetente for legítimo, mas o conteúdo da mensagem parecer estranho, vale a pena verificar com o remetente usando um canal de comunicação alternativo (como uma ligação);
- Verifique se o endereço do site é autêntico.