Brasil possui 2,2 dispositivos digitais por habitante, segundo pesquisa da FGV

Dados da 35ª edição da Pesquisa Anual de Uso de TI nas Empresas do FGV mostram como os hábitos de consumo de tecnologias tendem a mudar

26 jun 2024 - 15h23
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil / Flipar

De tempos em tempos, os padrões de consumo se alteram consideravelmente. É possível ver essas mudanças nos resultados da 35ª Pesquisa Anual Uso de TI nas Empresas do FGVcia (Fundação Getúlio Vargas), apresentada nesta quarta-feira (26).

De acordo com o estudo, existem 480 milhões de dispositivos digitais (computador, notebook, tablet e smartphone) em uso no Brasil, seja no ambiente corporativo ou doméstico. Isso significa 2,2 dispositivos digitais por habitante.

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O país também já atingiu a marca de um computador por habitante, ou seja, são 222 milhões de computadores (desktop, notebook e tablet) em uso no Brasil, o que representa 102% per capita.

A pesquisa fornece uma mostra do processo de transformação digital de empresas e também da sociedade. Os resultados retratam o cenário atual e as tendências a partir de 50 indicadores e 30 tipos de software.

Um dado inédito da pesquisa, sobre inteligência artificial (IA), pontua que o ChatGPT da OpenAI, Google Gemini e Microsoft Copilot, são, nessa ordem, as ferramentas mais utilizadas para chatbot, machine learning e reconhecimento biométrico.

Somente em 2023, foram vendidas 12 milhões de unidades de computadores. Mesmo em queda em relação ao ano anterior (-3%), certamente, esse número ainda é influenciado pelo novo modo de estudo e trabalho híbrido, que desde a pandemia entrou na rotina de muitos e ainda se mantém.

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Mais números

Outros dados da pesquisa mostram que o país tem 1,2 smartphone por habitante. São 258 milhões de aparelhos até maio de 2024. Somados os notebooks e tablets, o número pula para 384 milhões de dispositivos portáteis, ou seja, 1,8 dispositivo portátil por habitante.

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Quando se trata de empresas, a pesquisa aponta que os gastos e investimentos em TI continuam crescentes, registrando 9,4% da receita das empresas. Ainda, em relação à software, a Microsoft continua na liderança das categorias no usuário final, muitas com mais de 90% do uso.

Em média, 45% do processamento nas empresas está na nuvem.

O domínio do smartphone

Para o coordenador da pesquisa do FGVcia, o professor Fernando S. Meirelles, é importante destacar o crescimento do domínio do smartphone em aplicações e classes de usuários. 

“Avança o modelo que combina as vantagens do presencial com o remoto (educação blended e trabalho híbrido) em soluções que integram e potencializam a capacidade humana (física) com a digital”, disse, em comunicado à imprensa.

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Ele também ressalta que os principais projetos da TI continuam sendo Inteligência Artificial integrada com Inteligência Analítica (Analytics), transformação digital e implementação do novo ERP. 

Tudo isso sem que as empresas percam de vista o desenvolvimento de programas e projetos voltados para segurança, governança, IoT, nuvem, busca e retenção de talentos de TI, e sempre tomando as práticas ESG (Environment, Social and Governance) em suas estratégias.

Outro destaque da pesquisa é a previsão de crescimento gastos e investimentos nos bancos, que podem atingir cerca de 56 bilhões de reais no período 2025/26.

Fonte: Redação Byte
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