Se algum dia você estiver andando na rua e der de cara com um conector USB saindo de um muro, não se assuste: você pode ter encontrado uma marca do movimento artístico “Dead Drops”, criado pelo alemão Aram Bartholl em 2010.
A intervenção do artista berlinense consiste em uma reação ao aumento do armazenamento de dados na nuvem ao longo das últimas décadas — e às taxas cobradas pelas grandes empresas por isso. Bartholl resgata o conceito de armazenamento local e compartilhamento grátis, espalhando pendrives por grandes centros urbanos.
Os cinco primeiros "dead drops", do inglês "depósito morto", foram instalados pelo artista nas ruas de Nova York em outubro de 2010. Cada novo dispositivo é instalado vazio, exceto um arquivo explicando o projeto.
Atualmente, um banco de dados no site do projeto lista mais de 400 dispositivos de armazenamento de dados na Alemanha e 2.300 em todo o mundo, totalizando mais de 72 mil GB de armazenamento. No Brasil, há 18 pendrives escondidos.
Qualquer um pode instalar um "dead drop" e fazer parte do projeto seguindo as instruções do site.
Cuidado
Conectar sua máquina a um conjunto de arquivos públicos não supervisionado não é recomendado por especialistas. Ao fazer isso, você pode estar se expondo a todo tipo de malware e outros programas maliciosos.