Um novo estudo publicado na revista Scientific Reports indicou o uso de gravuras rupestres deixadas por humanos que viviam há cerca de 10 mil anos no Brasil, ao lado de pegadas fossilizadas de dinossauros.
Humanos que viviam no território brasileiro de 10 mil anos atrás já eram "fãs" dos dinossauros que circularam pela mesma região muito tempo antes. É o que sugere novo estudo publicado na revista Scientific Reports.
Os habitantes deixaram gravuras rupestres ao lado de pegadas fossilizadas de espécies como terópodes, saurópodes e iguanodontianos. Foram identificados símbolos em três sítios no estado da Paraíba, caracterizados principalmente por padrões circulares e linhas que remetem às pegadas de três dedos dos dinossauros.
A equipe de pesquisa não conseguiu datar com certeza os rastros deixados pelos humanos. Contudo, sepulturas humanas de até 10 mil anos foram descobertas em locais próximos, sugerindo um longo período durante o qual as gravuras podem ter sido realizadas por diferentes grupos e gerações.
As gravuras encontradas evidenciam um envolvimento ativo das comunidades nativas com o material fóssil, indicando que as pegadas de dinossauros capturaram a atenção dos humanos e foram integradas ao seu repertório de conhecimento. Nenhum desenho danificou ou se sobrepôs às pegadas, o que sugere uma consideração cuidadosa por parte de seus criadores.
Os pesquisadores assumem que, evidentemente, o fenômeno pode ser fruto de concepções equivocadas, devido à falta de conhecimento das populações antigas sobre as criaturas de um passado ainda mais distante. Um cenário possível é o de confusão entre as pegadas de dinossauros e as de emas, aves modernas, nativas da mesma região dos sítios paleontológicos, que têm pegadas parecidas com as das criaturas mais antigas.