Pesquisa revela buraco negro que está privando sua galáxia de material para formação de novas estrelas, confirmando teorias anteriores.
Uma pesquisa publicada na revista Nature Astronomy revelou um buraco negro que está "matando sua galáxia de fome".
Utilizando o Telescópio Espacial James Webb, uma equipe internacional de astronomia liderada pela Universidade de Cambridge, descobriu uma galáxia no início do Universo que havia um paralelo de formação de novas estrelas.
Os cientistas concentraram os studos em uma galáxia de tamanho semelhante à Via Láctea, localizada a cerca de dois bilhões de anos-luz da Terra.
Ao analisar os dados encontrados pelo Webb, os pesquisadores identificaram ventos poderosos emitidos pelo buraco negro supermassivo no centro da galáxia.
Esses ventos, compostos por gás frio e denso, estão sendo expelidos a velocidades altíssimas, privando a galáxia do material necessário para a formação de novas estrelas.
Segundo Francesco D'Eugenio, coautor do estudo e pesquisador do Instituto Kavli de Cosmologia de Cambridge, ele está cortando o fornecimento de "alimento" que a galáxia precisa para formar novas estrelas.
Essa descoberta confirma teorias anteriores que previam a influência dos buracos negros supermassivos na evolução das galáxias. No entanto, a capacidade de observar esse observado em detalhes só se tornou possível graças à potência do Telescópio Espacial James Webb.
A pesquisa abre novas perspectivas para o estudo da formação e evolução das galáxias, pois a interação entre buracos negros supermassivos e suas galáxias hospedeiras pode ser um fator imporante nesse processo.