Bruce Dickinson: empresas precisam de fãs, não de clientes

28 jan 2014 - 13h56
(atualizado às 15h06)
Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden, palestrou na Campus Party
Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden, palestrou na Campus Party
Foto: Peter Fussy / Terra

O líder e vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, fez um show diferente nesta terça-feira. Na Campus Party, em São Paulo, ele prendeu a atenção de geeks e empreendedores com sua palestra sobre criatividade guiada pela noção de "relacionamento" nos negócios. Para ele, as empresas devem buscar que os clientes se tornem fãs.

"O que você pensa estar vendendo, toalhas, um serviço, software, o que seja, você não está. Você está vendendo uma única coisa, uma relação com o consumidor", afirmou Dickinson, que além de músico é piloto de avião, mestre cervejeiro e investidor. Segundo ele, o "consumidor/cliente" muda de marca facilmente, enquanto o fã é fiel.

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"Nós não são somos seres racionais, somos emocionais. Olhe para a Apple, uma empresa que tem fãs, mais do que isso, tem seguidores, como uma religião. Eu comprei o primeiro mac portátil. A bateria durava duas horas, mas eu era um fã. Eu tinha um relacionamento com a Apple", disse, antes de criticar o último iPhone. "O iPhone 4 é o melhor, porque mudar?".

"Um negócio é como a vida no oceano. Peixes têm guelras, conseguem ficar parados na água. Já tubarões precisam se mover, se não afundam, pra isso eles precisam comer muito, tudo o que virem pela frente. Esse é o mundo dos negócios, se você ficar parado, vai ser comido", alertou.

Em um paralelo com o mundo da música, o vocalista do Iron Maiden citou o caso de gravadoras que tentam ir contra a digitalização do mercado.

"As bandas têm fãs, mas as gravadoras têm clientes. Se os donos das gravadoras tivessem a visão de como o digital ajudaria no relacionamento, teriam um site em que era possível baixar as músicas. Aí alguém diria: 'cara, você entrou no site daquela gravadora, é demais!'. Pelo contrário, eles viraram e disseram: nossos clientes são ladrões!". Dickinson disse ainda que a observação é a chave para a criatividade, e ela nasce da curiosidade. "Ninguém inventou o DNA, ele sempre esteve ali", comentou.

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Fonte: Terra
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