Durante o Google I/O, evento para desenvolvedores do Google que acontece nesta semana, a empresa ligou pela primeira vez em público o celular modular do Projeto Ara. Segundo o site The Verge, o celular demorou para ligar na demonstração e travou na página inicial.
O objetivo do Projeto Ara é construir um smartphone formado por diversos módulos diferentes. Cada módulo seria responsável por uma função e o usuário conseguiria trocar as partes separadamente, em vez de trocar de modelo. Assim, se a câmera do smartphone ficar ultrapassada, é possível trocar por uma mais avançada.
Apesar da demonstração não ter sido bem-sucedida, Paul Eremenko, responsável pelo projeto, anunciou progressos para o celular. Sua equipe já pontuou todos os problemas técnicos - que são muitos - e está trabalhando para resolvê-los. Um dos desafios, por exemplo, é encontrar maneiras novas de transferir dados dos módulos para o corpo do aparelho, usando interconexões capacitivas e novos conectores. Eremenko também prevê que o Android precisará de mudanças para suportar os módulos, e o sistema operacional vai passar por um “teste de estresse” para saber se será flexível o suficiente para essa adaptação.
A equipe do Projeto Ara também imaginou novos módulos possíveis, como uma corrente para chave de carro, uma câmera que poderia ser compartilhada entre as pessoas e módulos para visão noturna, além de uma bateria mais poderosa do que as normais. Capas protetoras para os módulos com diferentes cores estão na lista, e serão criadas a partir de uma impressora 3D.
A previsão é que um protótipo do dispositivo esteja disponível a desenvolvedores no outono do Hemifério Norte (primavera para os brasileiros). O líder da equipe também anunciou durante o Google I/O um desafio com um prêmio de US$ 100 mil para o desenvolvedor que criar um módulo que possibilite ao celular fazer algo que um telefone nunca fez antes.
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