O presidente-executivo da Sony, Kazuo Hirai, elogiou funcionários do estúdio de Hollywood da companhia nesta segunda-feira por resistirem a "esforços extorsores" de hackers que atacaram a Sony Pictures Entertainment.
Em seus primeiros comentários públicos sobre o massivo ciberataque, que o governo dos Estados Unidos atribuiu à Coreia do Norte, Hirai disse que funcionários atuais e antigos do estúdio foram "vítimas de um dos ciberataques mais maldosos e maliciosos que conhecemos na história recente".
O ataque ocorreu conforme a companhia se preparava para lançar o filme "A Entrevista", uma comédia sobre uma trama fictícia para assassinar o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un. Ele debilitou a rede de computadores da Sony Pictures em novembro e levou ao vazamento online de filmes não lançados e emails embaraçosos.
"A liberdade de discurso e a liberdade de expressão são... cordas salva-vidas para a Sony e nosso negócio de entretenimento", disse Hirai durante uma apresentação na feira Consumer Electronics Show, a CES 2015, em Las Vegas. Ele também agradeceu os que assistiram o filme.
A Sony havia cancelado inicialmente o lançamento de "A Entrevista" depois que hackers ameaçaram cinemas.
Na esteira de críticas do presidente dos EUA, Barack Obama, e celebridades de Hollywood, o estúdio lançou o filme, mas embora cinemas e serviços de TV paga o estejam exibindo, a Sony ainda precisa compensar os até US$ 88 milhões (aproximadamente R$ 238,5 milhões) gastos com marketing e produção.
Hirai não recebeu perguntas de jornalistas.
Conheça os hackers mais famosos do mundo