CEO de Chat GPT classifica rival chinês DeepSeek como 'impressionante'

Sam Altman elogia modelo da startup chinesa e promete novos avanços no ChatGPT

28 jan 2025 - 18h30
Ilustração mostra os logotipos do Deepseek e OpenAI
Ilustração mostra os logotipos do Deepseek e OpenAI
Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration

Sam Altman, CEO da OpenAI --criadora do ChatGPT--, reconheceu publicamente a qualidade do DeepSeek, o assistente de inteligência artificial criado pela startup chinesa que está revolucionando o mercado de tecnologia. Em uma postagem feita nesta segunda-feira, 27, no X (antigo Twitter), Altman classificou o modelo como "impressionante", especialmente pelo custo acessível com que é disponibilizado.

“O DeepSeek R1 é um modelo impressionante, principalmente em relação ao que conseguem entregar pelo preço”, escreveu Altman, que destacou que a OpenAI está comprometida em entregar modelos ainda melhores no futuro. Ele também apontou que a concorrência, embora desafiadora, é "revigorante" para o setor.

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O DeepSeek, que foi lançado oficialmente no último dia 20, ultrapassou o ChatGPT em número de downloads na App Store dos Estados Unidos em poucos dias. O avanço da startup chinesa causou um impacto significativo no mercado, levando empresas como Nvidia, Meta e Microsoft a registrarem perdas bilionárias em suas ações na bolsa de valores.

A grande inovação do DeepSeek está na eficiência de custos. Conforme o The New York Times, a startup chinesa revelou que investiu cerca de US$ 6 milhões (aproximadamente R$ 33 milhões) para desenvolver o modelo, um valor substancialmente inferior ao dos gastos das big techs americanas. 

Além disso, o modelo da DeepSeek foi projetado para lidar com tarefas complexas de raciocínio, posicionando-se como um concorrente direto do ChatGPT e de outras soluções já consolidadas no mercado. A startup, fundada em 2023, era inicialmente um braço de pesquisa do fundo High-Flyer e vem surpreendendo pela capacidade de inovar com recursos reduzidos.

O avanço do DeepSeek reacendeu o debate sobre o protagonismo dos Estados Unidos no campo da inteligência artificial. Desde 2022, o governo americano impôs restrições à exportação de chips avançados para a China, na tentativa de conter o crescimento tecnológico do país asiático. Para os entusiastas de tecnologia, o lançamento da DeepSeek R1 demonstra que a China continua avançando no setor, representando uma ameaça ao domínio tradicional das big techs americanas. “Os Estados Unidos que se prepare!”, comentou um internauta.

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Altman, por sua vez, reafirmou que a OpenAI seguirá investindo em pesquisa e desenvolvimento. Em novembro, o CEO anunciou que a empresa captaria US$ 500 bilhões (cerca de R$ 2,9 trilhões) para a criação de novos data centers e tecnologias que alimentem seus modelos de IA. “O mundo vai querer usar muita IA e ficará surpreso com os modelos de próxima geração que estão por vir”, disse ele.

Fonte: Redação Terra
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