A missão Chang'e 6 da China retornou à Terra nesta terça-feira (25), às 03h07 no horário de Brasília, pousando na Mongólia Interior.
O objetivo era ir até o lado escuro da Lua e coletar amostras, o que foi realizado com sucesso. A China se torna, portanto, o primeiro país a conquistar esse feito. No total, a missão durou 53 dias.
A Chang'e 6 não é a primeira missão da China que foi bem-sucedida no retorno de amostras lunares. Em 2020, a Chang'e 5 já tinha feito a viagem de volta com os materiais. A União Soviética e os Estados Unidos também já fizeram isso, mas até então, todos eles coletaram dados de rochas no lado mais visível da Lua.
Até então, ninguém tinha ido até o lado escuro da Lua, por haver complicações. Primeiro, é preciso lançar um satélite de retransmissão para se comunicar com as espaçonaves que operam lá, algo que a China já tinha feito.
O lado escuro da Lua pode trazer novas descobertas para a humanidade, já que o local não tem interferência vindas da Terra. No futuro, ela se tornar uma instalação de observatórios astronômicos em frequências de rádio.
A China ainda quer lançar a Chang'e 7 e a Chang'e 8 em 2026 e 2028, respectivamente. A oitava missão serviria para testar tecnologias que estebeleceriam uma base lunar chinesa perto do polo sul da Lua, na década de 2030.
Sobre a Chang'e 6
O satélite tem quatro módulos:
- Um módulo de pouso lunar;
- Uma cápsula de retorno;
- Um orbitador; e
- Um ascensor (pequeno foguete transportado pelo módulo de pouso).
A Chang'e 6 foi lançado no dia 3 de maio e chegou à órbita lunar cinco dias depois. No primeiro dia de junho, o módulo de pouso aterrissou dentro da cratera Apollo, na bacia do Polo Sul-Aitken (SPA).
No total, o módulo de pouso recolheu aproximadamente 2kg de matéria lunar com uma pá e uma broca. A carga foi lançada a bordo do ascensor, no dia 3 de junho, e voltou ao orbitador alguns dias depois.
Já o orbitador, com as amostras, começou a fazer o retorno para a Terra no dia 21 de junho, segundo a Nasa.