Ciência já sabe como shows da Taylor Swift causam "terremoto"

Taylor Swift intrigou a ciência, pois os shows tiveram atividade sísmica equivalente a um terremoto. Estudos mostram que os fãs são a causa, não a música em si

18 abr 2024 - 19h00
(atualizado em 19/4/2024 às 09h57)

Se você acha que a Taylor Swift é um fenômeno, ainda não viu nada: no ano passado, os shows da cantora geraram uma atividade sísmica equivalente a um terremoto de magnitude 2,3 em Seattle. Nesta quinta (18), um novo artigo mostrou o que acontece exatamente. A razão não é a música, mas sim os pulos dos 70 mil fãs reunidos.

Foto: Omid Armin/Unsplash / Canaltech

Os sismólogos do California Institute of Technology in Pasadena em Inglewood implantaram sensores sísmicos dentro de um estádio da Califórnia para investigar um outro show e coletar dados da rede regional de monitoramento sísmico.

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Com o uso de sensor de movimento dentro do estádio, a equipe percebeu que a agitação mais forte ocorreu entre II e III na Escala de Intensidade Mercalli.

Essa Escala de Intensidade Mercalli é usada para avaliar os efeitos de um terremoto em uma determinada área. Ao contrário da Escala Richter, que mede a magnitude do terremoto, foca nos efeitos percebidos pelas pessoas, estruturas e no ambiente em geral.

Além disso, com base nos espectrogramas, os sismólogos conseguiram determinar a energia liberada pelos espectadores e usaram isso para calcular uma magnitude equivalente para cada música. A maior foi de 0,85.

Músicas mais "terremotos" de Taylor Swift

Então o grupo percebeu que cada música normalmente tinha uma frequência sísmica sincronizada com a  batida da música. 

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E o curioso é que os dados do show também revelaram quais músicas da Taylor Swift desencadearam os sinais sísmicos mais intensos: Shake It Off, You Belong with Me e Love Story.

Pulos da multidão foram responsáveis por atividade sísmica semelhante a terremoto (Imagem: Aditya Chinchure/Unsplash)
Foto: Canaltech

O estudo também fez uma comparação com outros shows, como Metallica, Morgan Wallen e Beyoncé. Para isso, os pesquisadores também colocaram sensores sísmicos perto do estádio. Mas veja só: os shows de Swift tiveram os sinais sísmicos mais intensos.

Mas o que justifica esse terremoto Swift que não se estende a outros artistas? Na verdade, não há muito o que dizer sobre. Os cientistas suspeitam que as diferenças se dão através do quão "dançante" a música é.

O artigo descreve que o show de Beyoncé teve sons em que os espectadores "balançavam em vez de pular". Da mesma forma, os movimentos dos fãs de Metallica não produziram vibrações constantes e repetitivas como as feitas pelos swifties.

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Além desse novo estudo feito com base no show da Califórnia, aqueles shows de Seattle que mencionamos também renderam artigos. O grupo comparou os sinais sísmicos da passagem de som pré-concerto, o show com fãs pulando e o set acústico de Swift durante o qual a banda não toca. Tudo isso para chegar à conclusão de que o "terremoto" vem dos fãs, não da música.

Fonte: EosThe Geological Society of America

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