Cobras que se reproduzem sem macho são descobertas nos EUA
12 set2012 - 13h29
(atualizado às 13h38)
Uma espécie de parto virgem foi encontrado em vertebrados selvagens pela primeira vez, por pesquisadores americanos da Universidade de Tulsa, no Estado de Oklahoma. Os cientistas encontraram fêmeas grávidas de víboras americanas e analisaram geneticamente os filhotes, o que comprovou que elas são capazes de se reproduzirem sem o macho.
O fenômeno se chama partenogênese facultativa e só foi registrado antes em espécies em criadas em cativeiro. Os cientistas dizem que a descoberta pode mudar a compreensão atual sobre a reprodução animal e a evolução dos vertebrados. Até hoje, pensava-se que era extremamente raro que uma espécie normalmente sexuada se reproduzisse assexuadamente.
Identificadas primeiro em galinhas domésticas, os "partos virgens" foram também registrados recentemente em algumas espécies de cobras, tubarões, lagartos e pássaros. No entanto, tais nascimentos sempre aconteceram em cativeiro, com as fêmeas sendo mantidas longe dos machos.
Novidades evolutivas
Nascimentos virgens em vertebrados geralmente são vistos como "novidades evolutivas", segundo o professor Warren Booth, que conduziu o estudo questionando a ideia, divulgado na publicação científica
Royal Society's Biological Letters
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Ele e seus colaboradores examinaram os nascimentos em populações de duas espécies de víboras norte-americanas já conhecidas e separadas geograficamente. Em um dos grupos, uma em 22 cobras se reproduziu sem o macho. No outro, isso aconteceu com uma das 37 víboras.
"A frequência foi o que mais nos chocou. Isso quer dizer que entre 2,5 e 5% dos filhotes produzidos nestas populações podem resultar de partenogênese", afirmou Booth. "Isso é bastante para algo que é considerado novidade na evolução."
Com ou sem sexo
Um parto virgem, ou partenogênese, acontece quando um óvulo cresce e se desenvolve sem ter sido fecundado pelo espermatozoide. O fenômeno produz um filhote que tem somente o material genético da mãe e é relativamente comum em invertebrados como formigas, abelhas e pulgões. A reprodução assexuada também acontece com algumas espécies de lagartos, mas ainda é rara em espécies vertebradas sexuadas.
Ainda não está claro se as víboras fêmeas escolheram ativamente se reproduzir desta forma ou se a partenogênese foi estimulada por outro fator, como um vírus ou uma infecção bacteriana. No entanto, os pesquisadores dizem ser improvável que o mesmo aconteça também entre mamíferos placentários - cujos filhotes se desenvolvem em placentas dentro da mãe.
Isso porque os mamíferos dependem de um processo chamado carimbo genético para se reproduzirem, em que um conjunto de genes de um dos pais domina o outro. A interação entre os dois materiais genéticos é essencial para que seus embriões se desenvolvam normalmente.
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Uma cobra foi retratada tentando comer um sapo maior que a sua boca na província de KwaZulu-Natal, na África do Sul
Foto: The Grosby Group
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O sapo perdeu a chance de saltar antes de ser imobilizado pelo veneno da víbora
Foto: The Grosby Group
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A cobra consegue abrir a boca em um ângulo de quase 180º para engolir a cabeça do sapo
Foto: The Grosby Group
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A capacidade de abrir a boca para comer animais maiores que ela própria é uma das características que tornam a cobra um predador temido
Foto: The Grosby Group
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O fotógrafo escocês Scotch Macaskill, 67 anos, registrou as imagens no jardim de seu vizinho
Foto: The Grosby Group
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"Eu fiquei impressionado que a víbora estivesse tentando engolir algo tão desproporcional para seu tamanho", disse Macaskill. O fotógrafo não chegou a registrar o fim do ataque
Foto: The Grosby Group
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Os ursos polares Liya (à esq.) e Nelson brincam em seu espaço no Dreamworld, parque localizado em Gold Coast, na Austrália. Os criadores estão tentando lograr na reprodução da espécie no local - para isso, funcionários tentaram até criar cenários do livro Cinquenta Tons de Cinza
Foto: EFE
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O livro narra as aventuras sadomasoquistas de uma estudante e um executivo que firmam um acordo pouco comum: ele pede à garota que assine uma espécie de contrato, no qual ela concorda em desempenhar um papel de "submissa" numa série de "atividades eróticas". O best-seller já vendeu mais de 40 milhões de exemplares pelo mundo
Foto: EFE
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Criadores do parque fizeram até uma brincadeira com o título original do livro, utilizando um folheto com uma foto do urso e o novo título "Cinquenta Tons de Branco"
Foto: EFE
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Nascimento de ursos polares em cativeiro é um evento raro
Foto: EFE
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Matteo Walch, 8 anos, criou uma incomum amizade com um grupo de marmotas. Os animais são conhecidos por serem "tímidos" e evitarem humanos
Foto: The Grosby Group
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A família de Matteo visita a colônia de marmotas em Groslocker, nos Alpes austríacos, durante duas semanas todo ano
Foto: The Grosby Group
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"A amizade deles dura mais de quatro anos. Ele ama esses animais e eles não sentem medo de Matteo porque ele tem um sentimento por eles e eles entendem", diz o pai do menino
Foto: The Grosby Group
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Geralmente, esses animais não gostam da presença de humanos
Foto: The Grosby Group
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Eles batem as caudas (que podem chegar a 18 cm) para afugentar os "invasores"
Foto: The Grosby Group
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Além disso, costumam mostrar os dentes para deixar claro que não gostam da intromissão. Se a pessoa não se distanciar, elas emitem um som alto para avisar a colônia sobre o invasor
Foto: The Grosby Group
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Mas com o menino, a coisa é diferente
Foto: The Grosby Group
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Imagem mostra a aproximação de uma marmota
Foto: The Grosby Group
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As marmotas alpinas (Marmota marmota) podem chegar a até 50 cm e, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, não sofrem risco de extinção
Foto: The Grosby Group
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O pai gosta de registrar a relação do filho com os animais
Foto: The Grosby Group
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Foto da Academia de Ciências da Califórnia, em San Francisco, na Califórnia, nos EUA, mostra a garra de uma nova família de aranha
Foto: AP
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Cientistas apelidaram a nova espécie de aranha de ladrão de cavernas por causa das garras
Foto: AP
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Exploradores amadores enviaram amostras do animal para a Academia de Ciências da Califórnia, onde os cientistas decidiram que ela era tão diferente na escala evolutiva que eles tiveram que criar uma nova família para as aranhas
Foto: AP
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Três dias depois de nascer, a elefantinha Anchali participou de uma sessão de fotos para a imprensa no zoológico de Berlim, na Alemanha
Foto: Barbara Sax
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O período de gestação foi de 654 dias
Foto: Barbara Sax
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Meia hora depois de nascer, Anchali já estava de pé
Foto: Barbara Sax
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A mãe do animal, a elefante tailandesa Pang Pha, também passa bem e teve um parto tranquilo
Foto: Barbara Sax
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Anchali significa saudação em tailandês
Foto: Barbara Sax
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Caçando em perfeita harmonia, baleias jubarte são vistas em busca de alimento nas águas do oceano Pacífico, em uma região próxima ao Alasca
Foto: The Grosby Group
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As baleias criavam uma espécia de "rede de bolha" e prendiam a presa próxima à superfície
Foto: The Grosby Group
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No momento certo, elas quebravam as ondas e devoravam os peixes
Foto: The Grosby Group
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A ação foi flagrada pelo fotógrafo francês Michel Watson, que estava em uma expedição no local
Foto: The Grosby Group
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Watson, 66 anos, afirmou que estava a apenas alguns metros de toda a ação das baleias
Foto: The Grosby Group
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Grupo de baleias foi flagrado em ação de caça no Alasca
Foto: The Grosby Group
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Elas formavam armadilhas para devorar as presas
Foto: The Grosby Group
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Um barco acompanhou de perto a caçada do grupo
Foto: The Grosby Group
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Pesquisadores examinam uma píton birmanesa de 5,6 m de comprimento - a maior já capturada nos Everglades, uma extensa região de pântanos do sul da Flórida, nos Estados Unidos. A rápida reprodução desta espécie fez com que as autoridades proibissem a importação de pítons birmanesas e outras três espécies de serpentes aos EUA
Foto: AP
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"Esta coisa é gigantesca e deve ter uns 30 cm de grossura. Isso significa que essas cobras estão conseguindo sobreviver em zonas silvestres há muito tempo. Não há nada que as detenham e, por isso, podem ser consideradas uma ameaça", advertiu o gerente de coleção de répteis do Museu de História Natural da Universidade da Flórida (UFA), Kenneth Krysko
Foto: Reuters
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Segundo os pesquisadores que capturaram o animal, a píton carregava 87 ovos. "Um dos fatores importantes sobre este animal é sua capacidade de reprodução. Não há muitos registros de quantos ovos uma fêmea grande na vida silvestre pode botar. Isto prova que são um animal reprodutivo o que pode contribuir com sua possível invasão", completou o biólogo
Foto: Reuters
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O entomologista Shaun Winterton, do Departamento da Alimentação e Agricultura da Califórnia, descobriu uma nova espécie de inseto olhando fotos na internet
Foto: Guek Hock Ping/ZooKeys
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Winterton fez contato com Guek Hock Ping, o fotógrafo que havia postado a imagem no Flickr. Um ano depois, Ping conseguiu um espécime do inseto, e Winterton confirmou que se tratava de uma nova espécie
Foto: Guek Hock Ping/ZooKeys
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O inseto, com um tipo de "renda" nas asas, foi chamado de Semachrysa jade
Foto: Guek Hock Ping/ZooKeys
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O fotógrafo Ping registrou a imagem do inseto durante uma caminhada nas selvas da Malásia
Foto: Guek Hock Ping/ZooKeys
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Imagem mostra a mutação sofrida pelas borboletas
Foto: EFE
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Imagem mostra espécie antes e depois da mutação
Foto: EFE
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Segundo os pesquisadores, a crise nuclear em Fukushima, iniciada após o tsunami que atingiu o Japão em março de 2011, provocou a liberação em massa de material radioativo no meio ambiente
Foto: EFE
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Outros 238 exemplares recolhidos em setembro de 2011, seis meses após o acidente nuclear de Fukushima, apresentaram mutações ainda mais evidentes, sobretudo nas asas e nos olhos
Foto: EFE
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Uma tartaruga de 320 kg e 2 m de comprimento foi encontrada por turistas na praia de Salin de Giraud, na França
Foto: Jerome Roux
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Os bombeiros de Arles, no sudeste do País, informaram que o animal é procedente de Trinidad e Tobago, no Caribe
Foto: Jerome Roux
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Segundo informações dos bombeiros, aparentemente, um barco de pesca a capturou com sua rede e a trouxe até a praia
Foto: Jerome Roux
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Os veranistas mantiveram a tartaruga viva cavando um grande buraco, protegido com um toldo
Foto: Jerome Roux
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Especialistas do Seaquarium, aquário gigante da comuna vizinha de Grau du Roi, foram até esta praia e decidiram devolvê-la ao mar
Foto: Jerome Roux
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Joey, de cinco meses de idade, foi abandonado em um parque local, mas após ter sido encontrado se tornou um dos 250 coalas que estão recebendo tratamento no Hospital Currumbim para a Vida Selvagem
Foto: BBC Brasil
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Segundo funcionários do hospital, houve um aumento de 40% desde o ano passado no número de animais que dão entrada no hospital for ferimentos ou doenças
Foto: BBC Brasil
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O governo australiano está procurando mapear a população de coalas do país, mas especialistas afirmam ser preciso realocar espécies para regiões onde elas enfrentam menos ameaças
Foto: BBC Brasil
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Sarah, uma guepardo fêmea de 11 anos do zoológico de Cincinnati, quebrou seu próprio recorde ao correr 100 m em 5,95 segundos
Foto: Reuters
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A guepardo correu em uma velocidade de 101 km/h
Foto: Reuters
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Em 2009, a guepardo havia percorrido a mesma distância em 6,13 segundos
Foto: Reuters
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Um filhote de macaco rhesus ou reso (Macaca mulatta) foi flagrado brincando com um animal um tanto diferente de sua espécie em um zoológico da China
Foto: Reuters
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Seu novo amigo é um filhote de tigre. Ambos estão no zoológico da província de Hefei Anhui, na China
Foto: Reuters
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Os macacos rhesus são geneticamente muito parecidos com o ser humano. Veja a seguir mais casos de amizades inesperadas entre animais:
Foto: Reuters
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Dois gorilas irmãos que foram separados por quase três anos após serem mandados para zoológicos diferentes foram reunidos essa semana no Parque Safari Longleat, nos Reino Unido
Foto: The Grosby Group
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Os animais, ao se verem, tiveram uma reação inesperada: ambos se receberam com abraços, apertos de mão e muitos sorrisos
Foto: The Grosby Group
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Nascido no zoológico de Dublin, na Irlanda, Kesho, 13 anos, foi separado do irmão mais novo Alf quando foi transferido ao zoológico de Londres para fazer parte de um programa de reprodução
Foto: The Grosby Group
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Mesmo com a mudança na aparência e tendo se tornado o líder do grupo onde vivia, Kesho foi reconhecido pelo irmão
Foto: The Grosby Group
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"Não tínhamos certeza se os irmãos iriam se reconhecer, mas no momento em que se encontraram podíamos ver o reconhecimento nos olhos deles", contou o responsável pelos gorilas do Safari, Mark Tye
Foto: The Grosby Group
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"Quando eles estavam em jaulas separadas temporariamente, ficavam encostando um no outro, sem sinais de agressão. Assim que foram postos juntos 24h depois, foi como eles nunca tivessem sido separados", disse
Foto: The Grosby Group
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A fotógrafa Marina Scarr registrou o momento em que um peixe azarado pulou na boca de um jacaré no Estado americano da Flórida. "Eu fotografo bastante ali. Um amigo me contou que o rio estaria muito baixo e teriam vários jacarés. Eu desci até a borda do rio esperando por alguma ação", conta a fotógrafa
Foto: Caters News
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"Eu estava lá havia três dias, esperando oito horas por dia por algo acontecer. Quando o jacaré pegou o peixe, ele ficou sacudindo e sacudindo até ficar na posição certa para engolir", afirma
Foto: Caters News
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"Naquele dia, nós contamos 74 jacarés naquele ponto em especial", diz Marina, que afirma ainda que a água estava tão baixa que os peixes tinham dificuldade em nadar
Foto: Caters News
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"Foi inacreditável. Eu nunca tinha fotografado nada assim antes. O poder do jacaré foi algo realmente especial. Eu me sinto sortuda por capturar o momento"
Foto: Caters News
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Marina conta que não se sentiu com medo no local, apesar do grande número de predadores, mas diz que já teve que fugir quando um deles se aproximou
Foto: Caters News
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