Flórida registra mortandade recorde de peixes-boi em 2013

Os peixes-boi são uma espécie protegida na Flórida, extremamente afetada pela superpopulação nos últimos anos das zonas costeiras

31 out 2013 - 17h26
(atualizado às 18h25)
Uma intoxicação pela maré vermelha provocou parte das mortes dos animais na Flórida
Uma intoxicação pela maré vermelha provocou parte das mortes dos animais na Flórida
Foto: AFP

A dois meses do fim, o ano de 2013 já é o mais mortal para os peixes-boi na Flórida, ameaçando a existência destes mamíferos em risco de extinção, comuns nos mares da região. O alerta é da organização Save the Manatee Club (Clube Salvem os Peixes-boi), em comunicado divulgado nesta quinta-feira.

Segundo a ONG ambientalista, desde janeiro, 768 peixes-boi morreram de causas diferentes, "sendo o ano com mais mortandade desta espécie desde que se tem registro".

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O recorde anterior foi registrado em 2010, quando biólogos que trabalharam em conjunto com a Comissão de Conservação da Pesca e da Vida Silvestre da Flórida contabilizaram 766 mortes destes animais, devido ao estresse causado por uma onda de frio extremo nesta região do sudeste dos Estados Unidos, durante o inverno (nos primeiros meses do ano).

"Quando ainda faltam dois meses para o fim do ano, quase dobrou o número de mortes alcançado ao longo de 2012", informou a organização, que registrou 392 peixes-boi mortos no ano passado.

A Comissão de Conservação da Pesca e da Vida Silvestre da Flórida informou que 276 mortes destes animais este ano se seguiu a uma intoxicação por maré vermelha na região central do estado.

Os peixes-boi são uma espécie protegida na Flórida, extremamente afetada pela superpopulação nos últimos anos das zonas costeiras no centro e no sul do estado.

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Na baía de Miami, por exemplo, onde é comum ver famílias de três a quatro peixes-boi percorrendo as margens, muitos destes animais morrem atropelados pelas lanchas que navegam por ali.

Embora haja cartazes em quase todas as zonas residenciais perto do mar pedindo a redução da velocidade das embarcações, esses mamíferos de pescoço curto e corpo robusto são vítimas frequentes de ferimentos causados por barcos e de intoxicações pela contaminação das águas, além de serem muito suscetíveis às mudanças do clima.

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