Pesquisa: chimpanzés mudam ‘sotaque’ para socialização

Estudo avaliou comportamento de animais e dão início à possibilidade de entendimento da linguagem entre humanos primatas

6 fev 2015 - 12h02
<p>Chimpanzés aprendem a adaptar sotaque quando mudam de região para conseguir se comunicar melhor com os novos “vizinhos” – e ter melhor socialização</p>
Chimpanzés aprendem a adaptar sotaque quando mudam de região para conseguir se comunicar melhor com os novos “vizinhos” – e ter melhor socialização
Foto: The Mirror / Reprodução

Chimpanzés aprendem a adaptar sotaque quando mudam de região para conseguir se comunicar melhor com os novos “vizinhos” – e ter melhor socialização. É o que afirma cientistas das Universidades de Zurique e York, que estudam o comportamento de animais holandeses que foram levados à Escócia. As informações são do The Mirror.

De acordo com o estudo, quando os chimpanzés holandeses se mudaram para Edimburgo, grunhiam “maçã” de maneira mais alta e fina, diferente dos locais, que usam um tom mais baixo. Mas, três anos depois, perceberam que os ‘gringos’ já conseguiam se comunicar melhor, utilizando do mesmo tom dos novos vizinhos.

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A mudança no sotaque demonstra a uma mudança de comportamento social também, além de ser um aprendizado de comunicação. Ademais, os pesquisadores perceberam que as relações entre os grupos melhoraram depois dos grunhidos ficarem parecidos.

A pesquisa sugere que o grunhido dos primatas é usado de maneira semelhante às palavras para os humanos e, por isso, podem ajudar a entender como a linguagem evolui. Estudos prévios entendiam que estes sons estariam emocionalmente envolvidos com o valor da comida – então, quando mais alto um chimpanzé grunhe, mais ele gosta de maçã, por exemplo. No entanto, a mudança de país mostra que o tom varia.

“Uma característica extraordinária da linguagem humana é a nossa capacidade para fazer referência a objetos externos e eventos com símbolos socialmente aprendidos” disse Katie Slocombe, da Universidade de Departamento de Psicologia da York. “Ou seja, estes dados representam a primeira evidência de animais não-humanos que modificam e aprendem socialmente a estrutura de uma vocalização referencial significativo", finaliza.

Fonte: Terra
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