Apesar de início lento, vendas de carros elétricos registram alta

21 fev 2014 - 17h07

"Tudo está relacionado ao desenvolvimento de infraestruturas", observa o executivoFoto: ElbilforeningenAs dificuldades para os carros elétricos deslancharem em todo o mundo já renderam algumas matérias aqui no EcoD. Em julho de 2013, por enquanto, mostramos que quatro das principais montadoras chegaram a anunciar redução nos preços para tentar alavancar as vendas. Em dezembro, todavia, vimos que esses veículos respondem por 10% do mercado em países onde são incentivados, como é o caso da Noruega.Em entrevista à AFP nesta sexta-feira, 21 de fevereiro, o CEO das montadoras Nissan e Renault, Carlos Ghosn, assegurou que as vendas de veículos elétricos continuam a aumentar, apesar de um início mais lento do que o previsto, depois da assinatura pela Nissan de um acordo com o Butão.Conhecido no exterior por seu curioso Índice da Felicidade Nacional Bruta, o Butão apostou nos veículos elétricos com o apoio da Nissan.Situado entre a China e a Índia, este pequeno reino himalaio quer ser converter em uma nação pioneira dos carros elétricos, uma vez que obtém boa parte de suas divisas estrangeiras da venda de eletricidade produzida em suas quatro hidrelétricas à Índia."Quero apoiar a vontade do primeiro-ministro Tshering Tobgay de implantar veículos elétricos. Este país diz 'o futuro são os veículos elétricos, quero basear meu transporte neste sistema para preservar o meu ambiente'. Isto é importante porque é o primeiro país que diz isso claramente, e que implementa leis, regulamentos, a tributação necessária para fazer com que funcione", justificou o CEO Carlos Ghosn em entrevista à Patrice Novotny. Ghosn admite que o ritmo de crescimento das vendas é menor do que o previstoFoto: Eric MillerSegundo o executivo, o Butão tem tudo para ter sucesso, porque gera energia elétrica através de hidrelétricas e, portanto, não emite CO2. "Ele não quer importar petróleo, porque está preocupado com a sua balança de pagamentos. Esta é uma vitrine global, mas é também um negócio: primeiramente, os veículos oficiais, os táxis, as famílias ricas. Começaremos com este nicho, mas o Butão irá se desenvolver: estamos falando de centenas de carros, mas eu espero que haja alguns milhares em pouco tempo."Vendas globaisQuando o assunto são as vendas globais de carros elétricos, Ghosn admite que o ritmo de crescimento das vendas é menor do que o previsto, mas salienta as evoluções do mercado. "Tínhamos fixado 1,5 milhões de unidades vendidas no total, para a Renault e Nissan até 2016, aumentamos este período até 2020. Os números continuam a subir. Passamos os 100.000 e chegamos a uma taxa de quase 60 mil por ano", pondera.De acordo com a projeção do executivo, por parte da Renault, o volume de vendas do modelo Zoe vai aumentar em 2014. "Tudo está relacionado ao desenvolvimento de infraestruturas, mas os concorrentes começam a chegar, e esse é um sinal que nunca falha", observa Carlos Ghosn.

Foto: Eco Desenvolvimento
Fonte: Eco Desenvolvimento Eco Desenvolvimento
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