Astrônomos capturam imagens de "tornados espaciais" próximos a buraco negro supermassivo da Via Láctea

Imagens revelam detalhe sinpeditos sobre esses redemoinhos cósmicos e sua capacidade de dispersar moléculas orgânicas

28 mar 2025 - 17h58
Resumo
Astrônomos usaram o telescópio ALMA no Chile para capturar imagens de alta resolução de 'tornados espaciais' ao redor do buraco negro da Via Láctea, revelando filamentos que distribuem moléculas orgânicas complexas na região CMZ.
Redemoinhos dispersam moléculas orgânicas
Redemoinhos dispersam moléculas orgânicas
Foto: Divulgação/Webb Space Telescope

Astrônomos capturaram imagens inéditas de "tornados espaciais" em alta resolução, girando em torno do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea. As observações, feitas com o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) no Chile, revelaram detalhes até então desconhecidos dessas tempestades cósmicas.

Segundo um estudo publicado na revista Astronomy & Astrophysics, as imagens agora são 100 vezes mais nítidas do que aquelas feitas anteriormente, permitindo aos cientistas examinar com mais clareza as estruturas que antes permaneciam invisíveis.

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Kai Yang, astrônomo da Universidade Jiao Tong de Xangai e autor principal do estudo, afirmou: "Diferentemente de quaisquer objetos que conhecemos, esses filamentos realmente nos surpreenderam". Ele explicou que esses filamentos parecem se mover de forma rápida e oposta às estruturas ao seu redor.

Os pesquisadores caracterizam esses filamentos como "tornados espaciais" – poderosos redemoinhos de gás que se dissipam rapidamente e conseguem distribuir materiais de maneira eficiente no ambiente ao seu redor. Os resultados sugerem que esses tornados não apenas emitem óxido de silício, mas também podem dispersar moléculas orgânicas complexas como metanol, cianeto de metila e cianoacetileno por toda a região conhecida como CMZ (Central Molecular Zone), área em torno do buraco negro.

Essas observações oferecem novas perspectivas sobre os fenômenos extremos que ocorrem nas regiões centrais de galáxias, aprofundando a compreensão dos processos cósmicos que moldam o centro da Via Láctea.

Fonte: Redação Terra
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