Três cientistas italianos estão entre os cerca de 200 pesquisadores de todo o mundo que estudarão as amostras do asteroide Bennu, que chegaram à Terra no último domingo (24) e podem conter dados preciosos sobre o processo de formação do Sistema Solar.
A informação foi revelada à ANSA por Maurizio Pajola, astrônomo do Instituto Nacional de Astrofísica (Inaf) e que irá a Houston, nos Estados Unidos, na próxima sexta-feira (29) para obter as primeiras informações sobre o material.
A cápsula lançada na Terra pela sonda Osiris-Rex deve ser aberta na semana que vem, e o anúncio dos primeiros resultados das análises pela Nasa está previsto para 11 de outubro.
Além de Pajola, os outros italianos que estudarão os materiais são Elisabetta Dotto e John Brucato, ambos também do Inaf.
A cápsula liberada pela sonda Osiris-Rex contém uma amostra de 250 gramas retirada do solo do Bennu, a maior já coletada em um asteroide no espaço e transportada para a Terra.
A missão foi lançada em setembro de 2016, e o material foi capturado em 2020.
Cientistas acreditam que o asteroide Bennu seja remanescente do processo de formação do Sistema Solar e que ele contém compostos orgânicos que, na Terra, deram origem à vida como a conhecemos.
Após cumprir a missão, a Osiris-Rex partiu para uma nova viagem, desta vez em direção ao asteroide Apophis, sendo rebatizada como Osiris-Apex. Ela deve chegar ao corpo celeste apenas em 2029.