Cientistas pedem sacrifício em massa de koalas contra doença

13 out 2015 - 01h11
(atualizado às 07h41)

Cientistas da Austrália defendem que uma campanha agressiva de sacrifício de koalas ajudaria a combater a clamídia, uma doença que causa a infertilidade dos animais e está reduzindo dramaticamente sua população, publicou nesta terça-feira a imprensa local.

"Tratar os que estão moderadamente doentes e matar os que têm a doença avançada e que não podem ser tratados com antibióticos, provocará finalmente um aumento no número de koalas", disse o chefe dos pesquisadores da Universidade de Nova Gales do Sul, David Wilson.

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Uma pesquisa realizou centenas de estudos de simulação na população de koalas de Moreton Bay, no nordeste do país, em diversos cenários, que incluíram desde o tratamento dos koalas infectados com clamídia até o sacrifício sistemático de animais sem possibilidade de cura.

"As simulações sugerem que existe um forte possibilidade de eliminar a clamídia na população de koalas em um prazo de quatro anos", segundo este estudo divulgado hoje pelo jornal

Foto: covenant/Shutterstock

The Australian e que aparece originalmente na revista científica "Journal of Wildlife Diseases".

O sacrifício em massa dos koalas desencadearia em uma rápida queda na população, mas esta se recuperaria em um período de quatro anos até superar o número de exemplares da última década, de acordo com o cenário estudado que apresentou os melhores resultados.

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O número de koalas em estado selvagem varia, segundo as distintas estimativas, entre várias centenas de milhares e cerca de 40 mil, mas sua população continua em declínio, principalmente por causa da mudança climática, da seca e da clamídia.

Esta bactéria produz lesões nos órgãos sexuais e nos olhos dos koalas, um dos animais-símbolo da Austrália, causando infertilidade e cegueira, e os consome lentamente até a morte.

  
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