O ano de 2014 foi o mais quente já registrado na Terra, de acordo com análises separadas da Nasa e da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, apresentados nesta sexta-feira. A informação vai contra as teorias que dizem ter o aquecimento global sido interrompido.
Com a exceção de 1998, os 10 anos mais quentes registrados no planeta aconteceram a partir de 2000, segundo estudo da temperatura da superfície.
Desde 1880, quando foi iniciada a medição, a temperatura média da Terra ficou 0,8 graus mais quente, uma tendência provocada em grande parte pelo aumento das emissões de dióxido de carbono e de outros gases na atmosfera pelas mãos do homem, segundo a Nasa.
O que é marcante a respeito do forte calor do ano passado é que ele ocorreu mesmo sem que o El Ninõ tenha ocorrido, um fenômeno natural que tem como padrão lançar uma enorme quantidade de calor do oceano para a atmosfera.
A teoria de que o aquecimento global havia sido interrompido foi apropriada por políticos de Washington para justificar a ineficacia em reduzir a emissão de gases. Eles se baseavam no fato de em 1998, o ano mais quente do século XX, ter ocorrido o fenômeno do El Ninõ.
"Enquanto o ranking de anos individuais pode ser afetado por padrões climáticos caóticos, as tendências de longo prazo são atribuíveis a causas da mudança climática que agora são dominadas por emissões humanas de gases do efeito estufa", disse Gavin Schmidt, diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa, em Nova York, em comunicado.