Os governos dos Estados Unidos e do Canadá emitiram um comunicado, divulgado pela Casa Branca, durante a visita de Estado que o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, faz ao presidente americano, Barack Obama.
"Canadá e Estados Unidos trabalharão juntos para implementar o histórico acordo de Paris" (sobre mudança climática, firmado em dezembro do ano passado) e se comprometem a se unir a esse pacto e assiná-lo "o mais breve possível", segundo o comunicado.
Além disso, os dois países se comprometem a reduzir suas emissões de metano, um gás de efeito estufa de longa duração, em até 45% até 2025 em relação aos níveis de 2012.
Para atingir esse objetivo, a agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês) começará a desenvolver "imediatamente" novas regulações para as emissões de metano procedentes da indústria petrolífera e de gás.
Por sua vez, a agência canadense para mudança climática e meio ambiente deve divulgar a fase inicial de sua proposta de regulações para as emissões de metano no início de 2017.
Além disso, as duas nações vão manter os esforços conjuntos para "acelerar" o desenvolvimento de energias limpas.
EUA e Canadá querem impulsionar sua cooperação energética após as desavenças sobre a construção do polêmico oleoduto Keystone.
Em novembro do ano passado, Obama anunciou sua rejeição à construção desse oleoduto, um projeto da empresa TransCanada pensado para transportar petróleo do Canadá ao Texas e que foi muito criticado pelas organizações de defesa do meio ambiente.
Quanto ao Ártico, no comunicado conjunto os dois governos reafirmam a meta de proteger pelo menos 17% de suas áreas terrestres e 10% das marinhas até 2020.
Trudeau chegou ontem a Washington para realizar a primeira visita de Estado de um governante canadense aos EUA em quase 20 anos, e que inclui uma reunião com Obama, um almoço com o secretário de Estado, John Kerry, e um jantar de gala na Casa Branca.
Além de debaterem a luta contra a mudança climática e a campanha contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), Obama e Trudeau devem falar também sobre a assinatura de um novo acordo de fronteira que permita agilizar o fluxo de mercadorias entre os dois países e melhorar a segurança.
Trudeau busca também um novo acordo para as exportações de madeira aos EUA, já que o último expirou em outubro de 2015.