Como é o asteroide que está se aproximando da Terra

26 out 2015 - 15h56
(atualizado às 16h14)
Nasa estuda formas de desviar asteroides; corremos, a cada 100 mil anos, o risco de ser atingidos
Nasa estuda formas de desviar asteroides; corremos, a cada 100 mil anos, o risco de ser atingidos
Foto: Divulgação/BBC Brasil

O Dia das Bruxas, data bastante popular nos países de língua inglesa, está chegando. E, a exemplo dessa celebração em que crianças se disfarçam para pedir doces, se aproxima também o momento da visita da "Grande Abóbora".

Não se trata, porém, de mais um personagem dessa festa pagã de origem celta, mas sim de um asteroide gigantesco que, segundo a Nasa (agência espacial americana) descobriu recentemente, passará relativamente perto da Terra às 19:05 (horário de Brasília) de 31 de outubro.

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Conhecido tecnicamente como TB145, esse objeto tem uma largura aproximada de 400 metros. Isso faz com que ele seja 20 vezes maior que o meteorito que explodiu sobre o céu de Chelyabinsk, na Rússia, em 2013, destruindo centenas de janelas e deixando mais de mil feridos por causa de seus detritos.

Sua velocidade também é maior: enquanto o meteorito entrou na atmosfera a uma velocidade de 19 km por segundo, a "Grande Abóbora" se movimenta a 35 km/s.

No entanto, o asteroide felizmente passará a uma distância que, se é bem próxima em termos espaciais, é considerada segura para o nosso planeta.

Oportunidade

Quando estiver mais perto, o TB145 estará a 480 mil quilômetros da Terra. Isso representa 1,3 vez a distância entre a Lua e a Terra.

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O asteroide não será visto facilmente. "Será preciso ao menos um pequeno telescópio para vê-lo", afirmou Paul Chodas, diretor do Centro para Estudo dos Objetos Próximos da Terra do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.

Para a agência espacial americana, essa será uma excelente oportunidade para estudar o asteroide. A próxima vez em que um objeto tão grande passará tão perto do nosso planeta deve ser apenas em agosto de 2027.

A Nasa planeja obter imagens de radar para analisar sua superfície e para detectar se ele está ou não acompanhado de uma lua, o que pode apontar pistas sobre sua massa e densidade.

"A influência gravitacional do TB145 é tão pequena que não terá efeitos detectáveis na Lua, nas placas tectônicas ou nas marés da Terra", explicou a Nasa em um comunicado.

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Em fevereiro de 2013, meteorito assustou cidade russa; detritos feriram mais de mil pessoas
Foto: Divulgação/BBC Brasil

Consequências catastróficas

Felizmente, a "Grande Abóbora" passará rapidamente pelo céu, cumprindo sua órbita.

No entanto, não haveria tempo hábil para evitar uma colisão se a Terra estivesse em seu caminho. "Um asteroide deste tamanho é muito difícil de desviar com um alerta de apenas 20 dias", afirmou Chodas à revista .

Em caso de um choque com a Terra, um pedaço gigante de rocha ou gelo como o TB145 poderia causar uma devastação catastrófica, avaliou o pesquisador.

Cientistas estão trabalhando atualmente em planos para desviar e destruir esse tipo de objeto – nosso planeta é alvo do impacto de asteroides medianos a cada 100 mil anos, em média.

A Nasa assegura que não temos com o que nos preocupar. Ao menos desta vez.

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