Covid-19: Coronavírus pode 'sobreviver por 28 dias' em celular e dinheiro, diz estudo

Pesquisadores descobriram que o SARS-Cov-2 sobrevive por mais tempo do que se pensava — mas apenas sob determinadas condições.

11 out 2020 - 17h17
(atualizado às 17h23)
Resultados destacam a necessidade de não apenas lavar as mãos, mas também limpar as telas sensíveis ao toque regularmente
Resultados destacam a necessidade de não apenas lavar as mãos, mas também limpar as telas sensíveis ao toque regularmente
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

O vírus responsável pela covid-19 pode permanecer infeccioso em superfícies como notas de dinheiro, telas de celulares e aço inoxidável por até 28 dias, dizem pesquisadores.

A descoberta da agência científica nacional da Austrália sugerem que o SARS-Cov-2 pode sobreviver em superfícies por muito mais tempo do que se pensava.

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No entanto, alguns especialistas duvidam da real ameaça representada pela transmissão por superfícies.

O vírus é mais comumente transmitido quando as pessoas tossem, espirram ou falam.

Estudos anteriores feitos em laboratórios descobriram que o SARS-Cov-2 poderia sobreviver de dois a três dias em cédulas e vidro, e até seis dias em superfícies de plástico e aço inoxidável, embora os resultados variem.

A última pesquisa da agência australiana CSIRO revelou que o vírus era "extremamente robusto", sobrevivendo por 28 dias em superfícies lisas, como vidro usado para fabricar telas de telefones celulares, além de notas de papel e plástico, quando mantidos a 20° C — considerada temperatura ambiente.

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Em comparação, o vírus da gripe pode sobreviver nas mesmas circunstâncias por 17 dias.

Os experimentos foram realizados no escuro, já que a luz ultravioleta já demonstrou matar o vírus.

"Estabelecer por quanto tempo o vírus realmente permanece nas superfícies nos permite prever e mitigar sua disseminação com mais precisão, e fazer um trabalho melhor de proteger o nosso povo", disse o presidente-executivo da CSIRO, Larry Marshall.

No entanto, o professor Ron Eccles, ex-diretor do Common Cold Centre, da Cardiff University, criticou o estudo e disse que a sugestão de que o vírus poderia sobreviver por 28 dias estava causando um "medo desnecessário nas pessoas".

"Os vírus se espalham nas superfícies a partir do muco de tosses, espirros e dedos sujos. E este estudo não usou muco humano fresco como veículo para espalhar o vírus", disse o professor Eccles.

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