A presidente Dilma Rousseff pediu nesta quinta-feira ao ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, uma intervenção de alto nível perante as autoridades russas para solucionar o caso da militante brasileira do Greenpeace detida na Rússia por suposta pirataria.
"Solicitei ao ministro Figueiredo (que faça) um contato de alto nível com o Governo russo para encontrar solução para (o caso de) Ana Paula (Maciel)", anunciou a governante em sua conta do Twitter.
A chefe de Estado acrescentou em outra mensagem na mesma rede social que determinou que a Chancelaria ofereça "toda assistência" possível a Ana Paula, uma dos 30 militantes do Greenpeace detidos "durante um protesto ambiental".
Segundo fontes oficiais, Dilma abordou o assunto em reunião que teve nesta quinta-feira com seu ministro das Relações Exteriores.
"Embaixada do Brasil em Moscou está facilitando contato da ativista Ana Paula Maciel com sua família no Brasil", informou por sua vez o Ministério das Relações Exteriores também pelo Twitter.
Os 30 ativistas do Greenpeace foram detidos em 18 de setembro passado por ter organizado um protesto contra a exploração russa de petróleo no oceano Ártico, aonde chegaram a bordo do navio quebra-gelo "Arctic Sunrise".
Os ativistas, que tentaram se acorrentar à plataforma petrolífera Prirazlómnaya, estão em prisão preventiva acusados de pirataria, delito que se castiga na Rússia com 15 anos de prisão.
Outros tripulantes do "Arctic Sunrise" procedem da Rússia, Estados Unidos, Argentina, Reino Unido, Canadá, Itália, Ucrânia, Nova Zelândia, Holanda, Dinamarca, Austrália, República Tcheca, Polônia, Turquia, Finlândia, Suécia e França.
Ana Paula Maciel, uma bióloga de 31 anos, milita no Greenpeace desde 2006.
Nas cartas que enviou a sua família por intermédio de diplomatas brasileiros, a ativista disse ter sido "bem tratada", ao contrário de alguns de seus companheiros.
A detenção dos membros do Greenpeace gerou tensão nas relações entre Holanda e Rússia já que o "Arctic Sunrise" navegava sob bandeira holandesa.