Na próxima segunda-feira (14), a Lua ficará 27.891 quilômetros mais perto da Terra do que o normal. É a menor distância a separar nosso planeta do satélite natural em mais de seis décadas, o que promete um verdadeiro espetáculo para observadores. Surfistas também poderão contar com ondas maiores que o normal no mundo todo.
Para a semana que vem, cientistas preveem uma lua cheia com uma aparência 14% maior e 30% mais luminosa do que o normal, já que também quase coincide com a época do ano em que o sistema terrestre/lunar se encontra mais perto do Sol (4 de janeiro de 2017).
As chamadas Superluas são relativamente comuns e acontecem em média a cada 14 meses. Elas são assim batizadas quando sua fase cheia coincide com o perigeu - o ponto mais perto da Terra ao longo de sua órbita elíptica.
A Superlua que vem por aí, no entanto, será especial, pois a última vez que o satélite chegou assim tão pertinho da Terra foi em 1948. Segundo os astrônomos, a próxima Superlua ficará a "apenas" 356.509 quilômetros do planeta terrestre (a distância normal é de 384.400 quilômetros).
As imagens mais impressionantes são esperadas por volta das 11h45 da manhã no horário de Brasília, quando alcançará sua plenitude ao cair da noite na Ásia. Apesar de o continente asiático ser favorecido por seu posicionamento, deverá ser possível observar o fenômeno logo após o pôr do sol de qualquer parte do mundo, salvo mau tempo e poluição luminosa.
De acordo com os astrônomos, é possível que um olhar leigo não seja capaz de identificar o efeito superdimensionado, sobretudo depois que o satélite já estiver alto no céu. Mas no horizonte, as expectativas de boas fotos são grandes.
"Com o subir da Lua, há uma ilusão de ótica em que ela parece maior", disse à agência de notícias AFP Mark Bailey, diretor emérito do Observatório Armagh, na Irlanda do Norte.
Superluas também significam marés altas - uma boa notícia para os surfistas. E quem tiver a chance de aproveitar esta oportunidade, é melhor não perder, porque a próxima só deve acontecer em 2034.