Uma equipe internacional de astrônomos descobriu que o intenso brilho de uma das grandes manchas Lyman-alfa se deve ao fato de conter duas galáxias no centro que atravessam uma etapa de formação estrelar que ilumina todo seu entorno, informou nesta quarta-feira o Observatório Europeu do Sul (ESO).
As manchas Lyman-alfa, nome que reflete comprimento de onda da luz ultraviolenta que emitem, são gigantescas nuvens de gás de hidrogênio que podem abrangem centenas de milhares de anos luz e estão há grandes distâncias cósmicas da Terra.
Os astrônomos se fixaram em uma das maiores manchas conhecidas, a LAB-1, onde está sendo criada uma galáxia elíptica que um dia será o coração de um acúmulo estelar gigante, acrescentou em nota a ESO.
A LAB-1 foi descoberta em 2000 e está tão longe que sua luz demorou 11,5 milhões de anos para chegar à Terra. Ela se encontra em um grande acúmulo de galáxias em seus primeiros períodos de formação. Para fazer a observação, os cientistas usaram vários equipamentos, como os telescópios Alma, no Chile, e VLT, do ESO.
Com uma sofisticada simulação de formação de galáxias, a equipe de astrônomos deduziu que a gigante nuvem brilhante de emissão Lyman-Alfa pode ser explicada se a luz ultravioleta produzida pela formação de estrelas dispersa o gás hidrogênio circundante.
"Imagine um poste de luz em uma noite com nevoeiro: vimos um resplendor difuso porque a luz se dispersa pelas pequenas gotas de água. Aqui ocorre algo similar, exceto pelo fato que o poste é uma galáxia de intensa formação estrelar e o nevoeiro é uma enorme nuvem de gás intergalático. As galáxias estão iluminando seu entorno", explicou o principal autor do estudo, Jim Geach.