Astrônomos descobrem os planetas mais antigos do universo

Cinco planetas do sistema Kepler-444 são um pouco menores do que a Terra

27 jan 2015 - 16h21
(atualizado em 28/1/2015 às 14h35)
Concepção artística do sistema Kepler-444, o mais antigo sistema já descoberto
Concepção artística do sistema Kepler-444, o mais antigo sistema já descoberto
Foto: Popsci / Reprodução

Astrônomos internacionais anunciaram, nesta terça-feira, a descoberta da estrela mais antiga conhecida pela ciência, situada em uma galáxia distante e circundada por cinco planetas do tamanho da Terra.

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O sistema tem 11,2 bilhões de anos e foi batizado Kepler-444 em função da sonda Kepler, projetada para procurar novos planetas fora do Sistema Solar.

Seus cinco planetas são um pouco menores do que a Terra. Eles orbitam seu sol em menos de dez dias, a uma distância menor que um décimo daquela que separa a Terra do sol, tornando-os muito quentes para serem habitáveis.

Mas foi a idade da estrela que surpreendeu os astrônomos.

Situado a uma distância de 117 anos-luz da Terra, o Kepler-444 é duas vezes e meia mais velho que nosso Sistema Solar, que tem 4,5 bilhões de anos.

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"Nunca vimos algo assim. É uma estrela muito velha e seu grande número de pequenos planetas a torna muito especial", afirmou o coautor da descoberta, Daniel Huber, da Universidade de Sydney.

"É extraordinário que um sistema tão antigo e com planetas do tamanho da Terra tenha se formado quando o Universo estava nascendo, com um quinto de sua atual idade", acrescentou.

Os astrônomos podem medir a idade de um planeta distante usando uma técnica chamada asterosismologia, que mede as oscilações da estrela causadas pelas ondas sonoras em seu interior.

Essas ondas causam pequenos pulsos no brilho da estrela, que podem ser analisados para medir seu diâmetro, massa e idade.

Steve Kawaler, professor de astronomia da Universidade do Iowa, explicou que Kepler-444 é muito brilhante e pode ser facilmente vista com telescópios.

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"Sabemos que planetas do tamanho da Terra foram formados ao longo dos 13,8 bilhões de anos da história do Universo", afirmou, por sua vez, Tiago Campante, da Universidade de Birmingham.

"Isso cria condições para a existência de vida antiga na galáxia", concluiu.

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