Destaque da NASA: estrela Fomalhaut e anéis são foto astronômica do dia

A estrela Fomalhaut e seus anéis de poeira, revelados em observações realizadas pelo telescópio James Webb, estão na foto destacada pela NASA hoje

11 mai 2023 - 21h31
(atualizado em 12/5/2023 às 13h06)

A estrela Fomalhaut e seus discos de detritos estão na foto destacada pela NASA nesta quinta (11). Esta estrela fica a cerca de 25 anos-luz de nós e é cercada por anéis de partículas, sendo que alguns foram observados pela primeira vez pelo telescópio James Webb.

Foi durante a década de 1980 que astrônomos notaram o excesso de emissões no infravermelho, que ajudaram a revelar a presença do disco. Agora, com o James Webb, foi possível observar a estrutura e as demais em detalhes jamais vistos.

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Confira:

A foto acima foi produzida a partir de observações na luz infravermelha, realizadas pelo instrumento MIRI. O componente revelou que uma grande nuvem de poeira no anel mais externo do disco, que pode significar a ocorrência de colisões entre os objetos ali. O disco interno de poeira parece ter uma lacuna, que pode ter sido aberta e mantida pela presença de planetas ainda não observados.

A escala no canto inferior esquerdo ajuda a entender as dimensões das estruturas da imagem. Tomando-a como base, podemos dizer que o cinturão mais externo tem escala equivalente a quase o dobro daquela do Cinturão de Kuiper, a região que abriga objetos congelados além da órbita de Netuno.

Os anéis de poeira da estrela Fomalhaut

A estrela Fomalhaut fica a cerca de 25 anos-luz da Terra e é considerada uma das mais brilhantes do céu. Ela pode ser vista a olho nu na constelação Piscis Austrinus e é considerada uma estrela do tipo Vega, o que significa que emite radiação infravermelha em excesso, vinda do disco de detritos ao redor dela.

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O disco foi descoberto em 1983, mas foi somente agora que os cientistas conseguiram observá-lo detalhadamente. O telescópio James Webb revelou a presença não de um, mas sim de outros dois cinturões de poeira ao redor da estrela, que se estendem a até 23 bilhões de quilômetros dela.

O cinturão externo já havia sido observado por outros telescópios, mas nenhum identificou outras estruturas além dele. Desta vez, o segredo está na alta sensibilidade do Webb à luz infravermelha, que revelou o brilho térmico da poeira que forma os cinturões internos.

Fonte: APOD

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