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Os planetas a seguir são alguns candidatos - de existência confirmada - ao título de planeta habitável, de acordo com ranking elaborado pelo Laboratório de Habitabilidade Planetária da Universidade de Porto Rico. O ranking utiliza o Índice de Similaridade com a Terra, que calcula a semelhança entre o planeta analisado e a Terra, com base em fatores como raio, densidade, temperatura na superfície e velocidade de escape. O índice varia de 0 (nenhuma similaridade) a 1 (idêntico). Kepler-62e É uma superterra com órbita em torno da estrela Kepler-62, o segundo mais externo de cinco desses planetas descobertos pela sonda. O Kepler- 62e situa-se na constelação de Lyra. Tem um Índice de Similaridade com a Terra de 0,83. Tem um tamanho 60% maior do que a Terra, orbita sua estrela-mãe a cada 122 dias e, provavelmente, tem sua superfície coberta por água. Foi descoberto em 2013
Foto: Nasa Ames/JPL-Caltech
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Gliese 667 Cc e Gliese 667Cf O exoplaneta orbita uma estrela de sistema estelar triplo, na constelação de Lira, com baixa quantidade de elementos mais pesados do que o hélio. Descoberto em 2011, foi descrito em 2012 como um dos maiores candidatos a possuir água líquida e, potencialmente, possibilitar vida em sua superfície. Segundo estimativas, o Gliese 667 Cc receberia 90% da luminosidade do que a Terra e seria um pouco mais quente do que o nosso planeta. Já o 667 Cf tem massa pouco menor do que a do vizinho Gliese 667 Cc.Situa-se no meio da zona habitável de sua estrela-mãe, em um sistema estelar triplo. De acordo com pesquisadores, recebe menos de 60% de luz em comparação com a Terra, embora receba maior percentual de radiação infravermelha.
Foto: ESO/L. Calçada
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Kepler-22b Mais uma descoberta do Kepler, este foi o primeiro exoplaneta a ter confirmada uma órbita em zona habitável de estrela semelhante ao Sol. Encontra-se a 600 anos-luz de distância da Terra, na Constelação de Cygnus, possui 2,4 vezes o raio da Terra e orbita sua estrela-mãe a cada 290 dias. Por enquanto, sua massa e composição não foram determinadas
Foto: Nasa/Ames/JPL-Caltech
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Gliese 163 c Descoberto em 2012, este planeta situa-se a 49 anos-luz da Terra. Orbita a estrela anã-vermelha Gliese 163, na Constelação Dorado. Considerado um planeta gasoso (como Júpiter, no Sistema Solar), possui massa 72 vezes superior à da Terra. Acredita-se que sua superfície seja quente demais para abrigar vida complexa.
Foto: Nasa/JPL-Caltech
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Kepler-78b É o primeiro planeta do tamanho da Terra, com uma densidade semelhante. Ele é apenas 20% maior e pesa quase o dobro. Como resultado, tem uma densidade semelhante à da Terra, o que sugere uma composição física de ferro e rocha, como a da Terra. Há um detalhe, entretanto, que não colabora para a vida: o Kepler-78b situa-se tão próximo de sua estrela-mãe, que sua superfície, provavelmente coberta de lava, apresenta temperaturas superiores a 2 mil °C
Foto: Harvard
Cientistas de todo o mundo se reuniram na última semana no NASA Ames Research Center, na Califórnia (EUA), para discutir os dados mais recentes do telescópio “Caçador de Planetas” Kepler. Ao todo, 833 novos candidatos a planeta foram desvelados pela equipe responsável pela missão. Desses, dez têm menos do que o dobro do tamanho da Terra e orbitam uma zona habitável, a qual se define por uma faixa de distância entre o planeta e sua estrela que poderia abrigar água líquida. O tamanho e a posição são dois dos fatores levados em conta na busca por um planeta o mais parecido possível com a Terra, uma espécie de “irmão-gêmeo” distante, fora do Sistema Solar, com capacidade de acolher vida.
Um estudo apresentado por pesquisadores da Universidade da Califórnia na conferência estima que, a cada cinco estrelas parecidas com o Sol analisadas pelo Kepler, uma delas possua um planeta com tamanho semelhante ao da Terra em uma zona habitável. Assim, de acordo com a pesquisa, pode haver 10 bilhões de planetas que preencham esses requisitos. Essa conclusão não significa, no entanto, que esses planetas possam abrigar vida - trata-se apenas de um passo adiante nessa busca.
A procura esquentou no fim de outubro, com a revelação das características do exoplaneta mais “parecido” com a Terra descoberto até hoje, o Kepler-78b. É o primeiro planeta do tamanho da Terra, com uma densidade semelhante. Ele é apenas 20% maior e pesa quase o dobro. Como resultado, tem uma densidade semelhante à da Terra, o que sugere uma composição física de ferro e rocha, como a da Terra. Há um detalhe, entretanto, que não colabora para a vida: o Kepler-78b situa-se tão próximo de sua estrela-mãe, que sua superfície, provavelmente coberta de lava, apresenta temperaturas superiores a 2 mil °C.
Dessa forma, “ainda não existe nenhum candidato a irmão-gêmeo da Terra”, sentencia Jorge Meléndez, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP e um dos pesquisadores mais relevantes no estudo de exoplanetas. “O mais parecido é o Kepler-78b, por ter massa, raio e densidade similar à Terra, mas o Kepler-78b está muito próximo da sua estrela-mãe, não sendo, portanto, habitável”.
Por enquanto, a busca por um exoplaneta habitável continua. Entre as chamadas superterras - massa superior à da Terra e inferior à de gigantes gasosos -, há candidatos em potencial. “É hoje o principal objetivo da Nasa”, afirma o doutor em astrofísica e técnicas espaciais José Dias do Nascimento, cientista convidado da Smithsonian Center for Astrophysics (CfA), na Universidade de Harvard. “Esta questão de detectar vida tornou-se o principal objetivo em torno da descoberta de planetas extrasolares. É uma das principais questões que a humanidade tem hoje para responder: ‘Estamos sozinhos no Universo?’”.