Os astrônomos que estudam o resultado de uma supernova muito brilhante na galáxia espiral NGC 1637 - relativamente próxima da Via Láctea - divulgaram nesta quarta-feira uma imagem do fenômeno. A galáxia, situada a cerca de 35 milhões de anos-luz da Terra, na constelação do Rio Erídano, teve sua aparência serena perturbada pelo aparecimento da supernova - a morte ofuscante de estrelas, que pode brilhar mais intensamente do que a radiação combinada de bilhões de estrelas nas suas galáxias hospedeiras.
Com o auxílio do Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul (ESO), astrônomos obtiveram muitas fotografias de uma nova supernova na galáxia espiral NGC 1637, relatada pela primeira vez em 1999 pelo Observatório Lick na Califórnia. Depois da sua explosão, o brilho da supernova tem sido cuidadosamente monitorizado pelos cientistas, que observam o seu declínio relativamente lento ao longo dos anos.
A estrutura em espiral aparece na imagem de forma muito distinta, com traços azulados de estrelas jovens, nuvens de gás brilhante e camadas de poeira obscurante. Embora pareça um objeto relativamente simétrico, possui algumas particularidades interessantes. É um tipo de galáxia a que os astrônomos chamam espiral irregular: o braço em espiral mais aberto, em cima e à esquerda, estende-se em torno do núcleo muito mais longe do que o braço mais compacto e curto, em baixo e à direita, que parece ter sido dramaticamente cortado ao meio.
Espalhadas por toda a imagem, podemos ver estrelas mais próximas e galáxias mais distantes que, por acaso, se encontram na mesma direção no céu.