O módulo Philae aterrissou nesta quarta-feira com sucesso sobre a superfície do cometa 67/P Churyumov-Gerasimenko, no qual ficará por vários meses para estudá-lo em profundidade.
A Agência Espacial Europeia (ESA) informou, a partir do centro de controle de operações da cidade de Darmstadt (Alemanha) que a aterrissagem aconteceu às 16h02 GMT (14h02 de Brasília).
O diretor-geral da ESA, Jean-Jacques Dordain, classificou a aterrissagem do Philae sobre o cometa 67/P Churyumov-Gerasimenko como "um grande passo para a civilização humana".
"Fomos os primeiros a consegui-lo, e isso ficará para sempre", acrescentou Dordain.
Durante o processo de pouso na superfície do cometa, o Philae fez uma série de imagens, a primeira delas do satélite mãe Rosetta, obtida imediatamente depois da manobra de separação.
O Philae - que tem o tamanho de uma geladeira e pesa 98 quilos - obteve essa imagem com o sistema CIVA-P, um dos dez instrumentos que leva a bordo para os experimentos.
A primeira imagem que o Philae registrou mostra um dos painéis solares de 14 metros de extensão do Rosetta.
O Philae se separou do Rosetta às 8h35 GMT e, às 9h03 GMT, chegou à Terra na velocidade da luz o sinal de telemetria indicando que essa manobra tinha sido bem sucedida. Sete horas depois, o Philae aterrissou na superfície do cometa.
Os dados de telemetria demoram 28 minutos para chegar à Terra porque as naves estão a 511 milhões de quilômetros de distância. O módulo medirá, nos próximos meses, o campo magnético do cometa e fará testes, de até 30 centímetros de profundidade, dos materiais da superfície do núcleo na fase de máxima atividade, quando se aproxima do Sol.
A ESA vai estudar em detalhes o desenvolvimento do coma (atmosfera) do cometa e averiguar se há moléculas complexas. Caso a água do cometa seja como a da Terra e o cometa tenha aminoácidos, a ESA terá a prova de que foram esses corpos os que trouxeram a água e a vida à Terra.