Em dezembro do ano passado, o presidente Donald Trump autorizou a NASA a enviar uma nova missão à Lua, depois de décadas em que nosso satélite natural foi deixado de lado na exploração espacial. E a agência já vem testando rigorosamente a cápsula Orion, sendo que a missão pode ser lançada já no ano que vem.
Se tudo ocorrer dentro do planejado, a Orion servirá como base para a criação de futuras naves espaciais que levarão seres humanos para outros destinos no espaço, podendo ser usada, também, na missão que levará o homem à Marte.
Na década de 1970, quando a NASA lançou as missões Apollo em direção à Lua, a agência usou o ônibus espacial para o transporte, mas esse programa foi encerrado em 2011. Desde então, astronautas norte-americanos que são enviados à Estação Espacial Internacional contam com foguetes russos e de empresas privadas, como a SpaceX, por exemplo, e a Boeing também está desenvolvendo sua própria cápsula de transporte.
Mas, até que a Orion tenha sua construção finalizada, ainda não existe uma cápsula de transporte para levar astronautas à Lua. Ela contará com o foguete Space Launch System, que também está em fase de desenvolvimento e testes no momento, mesmo com seus altos custos de produção e atrasos no cronograma. Mas, quando finalizado, o foguete será mais poderoso do que os construídos pela concorrência, incluindo o Falcon Heavy da SpaceX.
Detalhes sobre a Orion
A nave Orion foi projetada com um escudo térmico capaz de suportar temperaturas de até quase 3 mil graus Celsius. E, na hora de descer ao planeta Terra após a missão lunar, a cápsula lançará pára-quedas para amenizar sua reentrada. Os astronautas serão despejados o mar, e mergulhadores da Marinha dos EUA criarão uma plataforma flutuante para recuperar os astronautas na água. Então, um guincho puxará a Orion para o convés do navio, para que ela possa ser reutilizada.
Neste momento, a NASA testa os processos de recuperação da Orion, usando um modelo com mesmo tamanho, formato e peso para tal. Equipamentos de apoio ao solo, escudo térmico, sistemas de pára-quedas, hardware e software também estão sendo testados.
A primeira missão da Orion
Dezembro de 2019 é o mês em que está previsto o lançamento da Orion em sua primeira missão, chamada Exploration Mission 1. A cápsula voará pela Lua e retornará à Terra depois de três semanas. No futuro, a Orion pode ser usada para ajudar astronautas a construir uma nova Estação Espacial, chamada Deep Space Gateway.
Mas a Orion também pode ser usada na missão da NASA que explorará Marte mais a fundo, o que pode não acontecer até a década de 2030. Sendo assim, o sucesso da primeira missão da Orion na Lua é essencial para futuras missões espaciais da NASA, não contando apenas com empresas privadas para a produção de equipamentos.
E, uma vez que essa primeira missão da Orion não será tripulada, ela servirá como base de testes quanto aos limites da nave, garantindo, ainda, que seus sistemas de comunicação funcionem devidamente. No futuro, a NASA pretende criar um ambiente a vácuo com temperaturas extremamente frias, simulando o espaço, para novos testes, a fim de enviar uma missão tripulada usando a mesma nave.
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