A agência espacial indiana divulgou a primeira foto de Marte tirada por seu satélite que entrou em órbita do planeta vermelho na última quarta-feira.
"A vista é boa daqui de cima", a agência escreveu em sua conta no Twitter, onde a imagem foi publicada.
Foto: Reuters
Desde então a sonda Mangalyaan começou a enviar uma série de fotos. Parte de sua missão é vasculhar a atmosfera marciana em busca de formas de vida.
Essa foi a primeira vez que uma agência espacial consegue colocar um satélite na órbita de Marte em uma viagem inaugural. Também é a missão mais barata do gênero.
A última missão Maven, da Nasa, que chegou ao planeta na segunda-feira passada, custou quase dez vezes mais.
Segundo Jonathan Amos, correspondente de ciência da BBC, trata-se sem dúvida de um feito considerável – especialmente devido a seu preço espantosamente baixo.
A missão tem um custo total de 4,5 bilhões de rúpias (cerca de US$ 74 milhões), o que é extremamente barato para padrões ocidentais.
Ao comentar o assunto em junho, o premiê indiano, Narendra Modi, brincou que a aventura indiana à Marte custaria menos que o filme de Hollywood Gravidade (2013).
'Realização histórica'
A mídia indiana está classificando a missão como uma "realização histórica".
O jornal Hindu afirmou que a sonda já enviou cerca de dez fotos que mostram crateras na superfície do planeta vermelho. O governo disse que as imagens são de "boa qualidade".
Segundo fontes locais, a câmera foi o primeiro instrumento levado pela sonda a ser ligado, horas depois do satélite entrar na órbita de Marte.
A espaçonave robótica levou dez meses para percorrer 200 milhões de quilômetros até o planeta. Pesa 1350 quilos e é equipada com cinco aparelhos.
Entre eles, estão um espectrômetro de imagens térmicas para mapear a superfície e os recursos minerais de Marte e um sensor para detectar metano – o que pode indicar sinais de vida – e outros componentes da atmosfera.
Com a missão, a Índia se tornou a quarta nação ou bloco a colocar um satélite na órbita de Marte e a primeira da Ásia.
Apenas os Estados Unidos, a União Soviética e a União Europeia já enviaram missões ao planeta.