Telescópio capta imagem do Aglomerado do Pato Selvagem

1 out 2014 - 12h32

O telescópio MPG/ESO do Observatório La Silla, no norte do Chile, captou uma bela imagem do Aglomerado do Pato Selvagem, um dos aglomerados abertos mais ricos em estrelas, informou nesta quarta-feira o Observatório Europeu do Sul (ESO) em sua sede de Garching, na Alemanha.

O aglomerado Messier 11, conhecido também como NGC 6705 ou Aglomerado do Pato Selvagem, está repleto de estrelas azuis e situado a cerca de 6 mil anos luz da Terra, na constelação de Scutum (Escudo).

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Os aglomerados abertos, denominados também de aglomerados galácticos, costumam se encontrar nos braços das galáxias espirais e nas regiões mais densas de galáxias irregulares, onde o nascimento de estrelas ainda é ativo.

O Messier 11, que abriga a cerca de 3 mil estrelas, é um dos aglomerados abertos mais compactos e mais ricos em estrelas, com um tamanho de quase 20 anos luz.

Os aglomerados abertos são diferentes dos aglomerados globulares, que tendem a ser muito densos, estreitamente unidos pela gravidade, e contêm centenas de milhares de estrelas muito antigas, algumas quase tão antigas quanto o próprio universo.

Como as estrelas no interior dos aglomerados abertos estão muito próximas umas das outras, são muito suscetíveis a ser expulsas do grupo principal devido ao efeito provocado pela gravidade de corpos celestes vizinhos.

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O NGC 6705 já tem, pelo menos, 250 milhões anos, por isso é provável que daqui alguns milhões de anos a formação do Pato Selvagem se disperse e o aglomerado se rompa e acabe se fundindo com seus arredores.

O Messier 11, captado por uma lente de grande angular instalada no telescópio MPG/ESO, foi chamado de Pato Selvagem depois que foi descoberto no século XIX, pois suas estrelas mais brilhantes formam um triângulo que pode representar um bando de patos em formação de voo.

O descobridor desse aglomerado aberto foi o astrônomo alemão Gottfried Kirch, em 1681, no Observatório de Berlim.

Em 1733, o reverendo William Derham, da Inglaterra, conseguiu resolver suas estrelas mais brilhantes.

Posteriormente, Charles Messier, o caçador de cometas, o acrescentou em 1764 a seu famoso catálogo como o 11º objeto registrado, por isso o nome de Messier 11.

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