Arqueólogos tailandeses encontraram o esqueleto humano mais antigo da Tailândia, datado de aproximadamente 29 mil anos, em um parque nacional. A descoberta pode reformular o entendimento da presença humana primitiva no Sudeste Asiático.
Arqueólogos tailandeses encontraram um esqueleto humano, de uma criança, que é considerado o mais antigo da Tailândia, dentro de uma caverna no Parque Nacional Khao Sam Roi Yot. A ossada foi apelidada de “Pangdong”, em homenagem a um personagem de desenho animado do país.
A descoberta foi anunciada oficialmente pelo The Fine Arts Department (FAD) -- (Departamento de Belas Artes, em tradução livre) --, que revelou detalhes sobre a escavação e o sepultamento do corpo, que tem aproximadamente 29 mil anos.
Em entrevista à Archeology Magazine, o diretor do departamento, Phnombootra Chandrajoti, afirmou que a descoberta pode ajudar a compreender a presença humana primitiva no Sudeste Asiático.
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“Esta é uma descoberta inovadora que reformulará nossa compreensão da presença humana primitiva no Sudeste Asiático. O sepultamento cuidadoso e os artefatos associados fornecem informações inestimáveis sobre os rituais e a vida cotidiana desses antigos habitantes”, disse.
A criança foi sepultada de costas, com os dedos dos pés se tocando, o que pode indicar que o corpo pode ter sido enrolado ou amarrado, possivelmente como parte de um ritual, segundo os arqueólogos. Além disso, os restos mortais estavam rodeados por pedras e terra vermelha, o que indica um nível de respeito e cuidado.
Os pesquisadores afirmam que a criança teria entre 6 e 8 anos quando morreu. Os ossos encontrados possuem tons marrons ou avermelhados, e traços de cinzas, e foram encontrados dois metros abaixo do chão da caverna.
A idade do esqueleto pode datar de 11 mil a 29 mil anos, o que pode ser descoberto pelos pesquisadores por meio da datação por radiocarbono de amostras de carvão e conchas de camadas mais altas da caverna. Como os ossos foram encontrados abaixo das camadas já datadas, os cientistas acreditam que ele possa ter mais de 29 mil anos, e seja do período Pleistoceno tardio.
A descoberta também pode mostrar novos detalhes sobre o modo de vida pré-histórico na região, incluindo os hábitos, rituais e cultura.