Um grupo de voluntários do Greenpeace se concentrou nesta sexta-feira em frente da embaixada russa em Brasília para pedir a libertação dos ativistas detidos na Rússia por ações contra a exploração petrolífera no Ártico.
Os protestos aconteceram depois de a Justiça russa determinar a prisão preventiva de 22 dos 30 tripulantes e ativistas do "Arctic Sunrise", detidos pela guarda-costeira russa ontem no mar de Pechora, no Ártico.
O tribunal os acusa de pirataria por tentar se prender à plataforma petrolífera "Prirazlomnaya" da empresa de energia russa Gazprom, motivação que, segundo a organização internacional, é "injustificável".
"Os ativistas não cometeram nenhuma atitude que justifique sua prisão durante dois meses, nem mesmo por dois minutos. Eles não são um risco para a sociedade", afirmou a coordenadora da campanha "Clima e Energia" do Greenpeace no Brasil, Fabiana Alves, através de um comunicado.
O tribunal prorrogou para 72 horas a detenção do resto da tripulação da embarcação do Greenpeace, e entre elas Ana Paula Alminhana Maciel, de 31 anos, que faz parte da tripulação fixa da "Artic Sunrise".
Os manifestantes em Brasília, cerca de dez pessoas, levavam cartazes com a fotografia de Ana Paula e pediam a libertação dos detidos. "Há 40 anos realizamos protestos deste tipo, e sempre temos como princípio a não violência", acrescentou o comunicado.
Os ativistas brasileiros, tentaram em várias ocasiões entregar uma carta às autoridades da embaixada russa, mas esta foi rejeitada.
A concentração no Brasil, que começou às 9h (de Brasília), foi convocada dentro da programação mundial de protestos organizada pelo Greenpeace para mostrar sua rejeição à detenção preventiva dos ativistas na Rússia.