Invasão de gosma cor-de-rosa na Noruega intriga cientistas

12 nov 2015 - 17h36
(atualizado em 13/11/2015 às 08h16)
Pescadores descreveram a invasão da gosma como uma 'praga'
Pescadores descreveram a invasão da gosma como uma 'praga'
Foto: Roger B. Larsen / Universidade Ártica de Tromso

Uma área enorme da costa norte da Noruega ficou coberta com uma gosma de coloração rosada e avermelhada.

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Cientistas afirmam que provavelmente o aumento na quantidade de gosma na área se deve a um grande número de águas-vivas mortas e em processo de decomposição.

Os pescadores da região começaram a relatar a aparição do lodo no fiorde de Lyngen no final de agosto e agora eles a descrevem como uma "praga", que tem causado problemas em equipamentos usados na pesca, nas redes e nas cordas.

Ainda não se sabe com certeza a origem do lodo colorido, mas os oceanógrafos do Instituto de Pesquisa Marinha local suspeitam que sejam águas-vivas de uma espécie comum da área.

"Provavelmente são águas-vivas mortas ou parcialmente mortas - acreditamos que seja a espécie Ctenophora Beroe. Não podemos explicar por que (a água) está assim, mas não é incomum que águas-vivas surjam em aglomerações muito densas como essas, especialmente nas profundezas do fiorde", disse a pesquisadora Tone Falkenhaug a um site de notícias local.

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A gosma agora cobre uma área muito grande do fiorde.

"Estamos falando em milhões de metros cúbicos", disse à emissora NRK o professor da Universidade Ártica de Tromso Roger B. Larsen. "As imagens que estamos captando com sonares e outros equipamentos são totalmente atípicas."

Ele acrescentou que a substância tem uma consistência parecida com a de margarina.

Larsen, que é especialista em pesca, contou que faz viagens anuais à região. "Nunca vi nada parecido nestes fiordes."

O oceanógrafo Jan Helge Fossa afirmou que esse tipo de proliferação é normal, mas a escala atual pode ser inédita na região - o que tem causado espanto entre pescadores.

Equipamentos de pesca lançados ao mar na região ficaram cobertos com a substância
Foto: Gunnar Saetra / Instituto de Pesquisa Marinha da Noruega
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