Mundo está muito perto de alcançar fusão nuclear, diz Nobel de Física

Objetivo é obter fonte de energia 'quase ilimitada'

18 out 2024 - 13h44
(atualizado às 17h22)
Um reator de fusão nuclear (Imagem: Reprodução/UKAEA)
Um reator de fusão nuclear (Imagem: Reprodução/UKAEA)
Foto: Canaltech

O cientista italiano Giorgio Parisi, vencedor do Nobel de Física em 2021, afirmou nesta sexta-feira (18) que o mundo está "muito perto" de produzir energia por fusão nuclear, uma fonte potencialmente "ilimitada" e vista como possível solução para a crise climática no planeta.

    "Os resultados alcançados até agora são extraordinários se pensarmos no que sabíamos apenas 50 anos atrás. Estamos nos aproximando cada vez mais do objetivo", disse Parisi durante evento na Academia Nacional dos Linces, uma das instituições científicas mais antigas da Europa e com sede em Roma.

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    "A fusão nuclear pode ser uma fonte de energia quase ilimitada, então é fundamental que a pesquisa invista nessa direção", salientou o vencedor do Nobel de Física.

    As usinas nucleares tradicionais utilizam a fissão para produzir energia, ou seja, a divisão dos átomos, processo que gera lixo radioativo e que exige pesados investimentos em segurança.

    Já a fusão consiste na união de núcleos atômicos através de sua compressão e aquecimento extremos, reproduzindo o que ocorre no coração das estrelas, que fundem átomos de hidrogênio em hélio e produzem quantidades astronômicas de energia.

    Devido ao potencial de ser uma fonte quase ilimitada e limpa, a fusão nuclear foi apelidada de "Santo Graal" da produção energética. O desafio, no entanto, é realizá-la de maneira economicamente viável.

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    Foi apenas em 2022 que cientistas dos Estados Unidos conseguiram realizar a primeira fusão nuclear com ganho líquido, ou seja, produzindo mais energia do que a necessária para desencadear a reação. .

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