Um estudo publicado nesta semana concluiu que muitos dos assassinos em massa e dos assassinos em série têm em comum uma característica psicológica específica: o autismo e o traumatismo craniano. As informações são do The Washington Post.
A descoberta indica que parte das manifestações extremas de violência podem ser reflexo de transtornos de neurodesenvolvimento. No entanto, é importante ressaltar que o estudo não propõe que os autistas sejam propensos a cometer assassinatos. O que está sendo discutido é que os assassinos podem ter problemas psicológicos, que devem ser tratados desde cedo.
Segundo o pesquisador Clare Allely, chefe da pesquisa e PhD em Psicologia, houve um percentual maior de autismo entre os serial killers do que na população em geral. "Hoje, uma em cada 68 crianças americanas têm autismo. Na pesquisa, dos 239 assassinos examinados, 28% tinham autismo e outros 21% tinham sofrido algum tipo de ferimento na cabeça", explicou. Além disso, dentre os assassinos que tinham algum problema psicológico, mais da metade já sofreu abuso físico ou sexual.
Com cautela, o Centro Nacional de Autismo do Reino Unido reagiu à pesquisa ressaltando a interpretação correta dos fatos. "Gostaríamos de pedir às pessoas para não tirar conclusões precipitadas sobre as pessoas com autismo", disse o centro, em comunicado.