O chefe da Agência Espacial da Rússia, a Roscosmos, Dmitry Rogozin, informou nesta quinta-feira (3) que a parceria com o Centro Aeroespacial da Alemanha (DLR) foi encerrada por conta das sanções de Berlim contra Moscou. A aliança permitia o desenvolvimento de pesquisas científicas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS).
"O fim da cooperação com a Federação Russa no campo da educação superior, da pesquisa e da formação profissional, anunciada pela liderança da República da Alemanha, danificará seguramente a cooperação de longa data e atrasará de maneira significativa a exploração pacífica do Espaço", disse Rogozin para a agência de notícias russas Tass.
Esse não é o primeiro problema para o setor aeroespacial russo desde que as nações ocidentais anunciaram uma série de sanções contra Moscou por causa dos ataques na Ucrânia.
Na segunda-feira (28), 87 técnicos e especialistas da Roscosmos deixaram seus postos de trabalho no centro espacial de Kourou, na Guiana Francesa, onde trabalhavam em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA) nos lançamentos de satélites da constelação Galileu e ajustavam os detalhes para a segunda parte da missão ExoMars, que lançaria mais um rover para a exploração de Marte em setembro.
Já a Nasa emitiu nota em que informa que a parceria com os russo na ISS segue inalterada e que espera que não seja afetada nas próximas semanas.
Está previsto para 30 de março o retorno de um norte-americano e dois russos da ISS por meio da cápsula russa Soyuz e está confirmada a missão da Space X que levará a italiana Samantha Cristoforetti novamente para o espaço, prevista para a primavera (no hemisfério norte). .