O Sol emitiu uma explosão de partículas da classe X 1.1, uma das mais fortes de sua categoria, no último domingo (29). As informações são do Centro de Previsão do Clima Espacial da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA). O evento ocorreu na região nordeste do astro às 4h18 no horário de Brasília e resultou em apagões de rádio em algumas áreas da Terra.
Os cientistas da NOAA estão analisando se a explosão gerou uma ejeção de massa coronal (CME), fenômeno caracterizado por grandes quantidades de partículas solares lançadas ao espaço.
De acordo com pesquisadores, essas partículas podem atingir a Terra em poucas horas ou levar dias, provocando auroras boreais, interferências em satélites e redes elétricas.
O que são CMEs
Ejeções de massa coronal (CMEs, na sigla em inglês) são grandes explosões de partículas e plasma altamente energizados que o Sol lança ao espaço. Esses eventos ocorrem quando campos magnéticos intensos na superfície solar se rompem, liberando energia em alta velocidade.
Quando uma CME é direcionada à Terra, pode causar fenômenos como auroras boreais, além de interferir em satélites, sistemas de navegação e redes elétricas, dependendo de sua intensidade.
A explosão
A explosão, originada na região ativa 3936 do Sol, é um lembrete da crescente atividade solar à medida que o astro se aproxima do pico de seu ciclo atual, previsto para 2025.
Ainda que não tenha sido intensa, ela não superou eventos históricos recentes, como a explosão de outubro deste ano, considerada a maior desde 2005 e a terceira mais forte desde 2011.
Fenômenos como esse reforçam a importância de monitorar o clima espacial, que pode afetar tecnologias essenciais no planeta. Além dos blecautes de rádio, os cientistas continuam atentos às possíveis consequências para infraestrutura e telecomunicações.
As atualizações sobre o impacto dessa explosão continuam sendo acompanhadas pela NOAA, destacando a necessidade de vigilância em períodos de alta atividade solar.