Soldado amputado dos EUA recebe duplo transplante de braços

29 jan 2013 - 11h04
(atualizado às 11h15)

Brendan Marrocco, um soldado dos Estados Unidos que perdeu os quatro membros na Guerra do Iraque, recebeu um raro duplo transplante de braços. Marrocco, de 26 anos, foi ferido por uma bomba em uma estrada no Iraque, em 2009.

Imagem de julho de 2012 e divulgada na terça-feira mostra soldado que recebeu transplante duplo de braços
Imagem de julho de 2012 e divulgada na terça-feira mostra soldado que recebeu transplante duplo de braços
Foto: AP

A cirurgia durou 13 horas e foi realizada no Johns Hopkins Hospital, da cidade americana de Baltimore, nos Estados Unidos, em 18 de dezembro do ano passado. Mas os detalhes só vieram à tona nesta terça-feira, durante uma entrevista coletiva realizada pela equipe cirúrgica.

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Marocco foi o primeiro soldado americano a receber um duplo transplante de membros e a sétima pessoa nos Estados Unidos a ser submetido a este tipo de cirurgia. Ao ser operado, Marrocco recebeu também um transplante de medula óssea do mesmo doador dos novos braços.

Rejeição

O procedimento se deu para auxiliar seu corpo a aceitar os novos membros e diminuir as chances de rejeição, reduzindo também, assim, a necessidade de tomar medicamentos - com fortes efeitos colaterais - para auxiliar na aceitação de órgãos. A complexa operação envolveu mesclar músculos, ossos, vasos sanguíneos, pele e nervos do soldado e do seu doador, por vezes com o auxílio de um microscópio.

Segundo Andrew Lee, o médico que chefiou a equipe cirúrgica, pesquisas sugerem que, a despeito da enorme complexidade desse tipo de cirurgia, transplantes de órgãos tendem a ser mais bem-sucedidas entre pacientes mais jovens, na faixa dos 20 aos 30 anos, do que o implante de sofisticadas próteses - que, em muitos casos, acabam sendo descartadas mais tarde.

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O militar foi o primeiro soldado entre os que combateram no Iraque e no Afeganistão a ter sobrevivido após perder quatro membros. As Forças Armadas americanas estão financiando cirurgias como a realizada em Marrocco para auxiliar militares feridos em combate. Cerca de 300 militares americanos perderam braços ou mãos em conflitos recentes.

Em sua página de Facebook, ele se define como um ''guerreiro ferido...muito ferido'', mas o militar comenta que não se arrepende nem um pouco de ter combatido no Iraque. Em sua conta de Twitter, Marrocco comentou que seus novos braços ''já estão se mexendo um pouquinho''.

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