Nesta segunda-feira (19), todo o Brasil poderá admirar a primeira Super Lua azul do ano, visível a olho nu. Ela surgirá no horizonte por volta das 15h25 (horário de Brasília). No entanto, a melhor visualização será logo ao anoitecer.
A Super Lua ocorre quando a Lua cheia ou nova está em seu ponto mais próximo da Terra em sua órbita, chamado de perigeu. Com isso, ela parece maior e mais brilhante no céu do que o normal.
Em média, essa distância é de cerca de 384 mil quilômetros, mas hoje a Lua estará a 362 mil quilômetros do nosso planeta. Isso acontece porque a órbita é elíptica, ou oval.
Assim, a Lua fica aparentemente maior e mais brilhante, explicou o astrônomo do Observatório Nacional, Fernando Roig, em comunicado.
Já o termo Lua Azul não tem relação com a cor da Lua, mas sim com o calendário. Uma Lua Azul acontece quando há duas Luas cheias em um mesmo mês. Como o ciclo lunar dura aproximadamente 29,5 dias, isso ocorre aproximadamente a cada dois ou três anos.
Portanto, a "Super Lua Azul" desta noite combina esses dois fenômenos. Você verá uma Lua cheia especialmente grande e brilhante que também é a segunda Lua cheia do mês, tornando-a uma Lua Azul.
O Observatório Nacional informou que, em 2016, a superlua estava a 356 mil quilômetros do nosso planeta, foi a menor distância desde 1948. A próxima vez que a Lua vai chegar tão perto da gente de novo é só em 2034.
Lendas da Lua Azul
O termo "Lua azul" teve seu primeiro uso registrado em 1528, e foi utilizado em diversas lendas de povos antigos ao redor do mundo.
Atualmente, o nome Lua Azul se usa como referência para a segunda Lua cheia do mês, evento que acontece a cada biênio. No entanto, no passado, já houve momentos em que o satélite realmente pareceu ter uma coloração azulada. Isso aconteceu duas vezes: no ano de 1883 e 1951.
A primeira foi na ocasião da erupção do vulcão Krakatoa, localizado na Indonésia. As cinzas expelidas ficaram na atmosfera durante anos, o que acabou deixando o pôr do sol esverdeado e a Lua em um tom azulado.
A segunda e mais recente ocorrência teve razões semelhantes: incêndios florestais ocorreram no oeste do Canadá, espalhando fumaça por toda a América do Norte, especialmente na região nordeste do continente, onde a Lua "ficou azul".