O maior tufão a atingir o sul da China em 40 anos deixou neste domingo pelo menos 17 mortos, após ter provocado um rastro de destruição nas Filipinas.
O supertufão Rammasun ("Deus do trono", em tailandês) matou pelo menos oito pessoas na ilha de Hainan e nove na região de Guangxi. O número de mortos ainda pode subir, pois há moradores desaparecidos, informou a imprensa estatal.
O ciclone atingiu o território chinês na sexta-feira com ventos acima de 200km/h.
Pelo menos 94 pessoas morreram quando o Rammasun tocou o norte das Filipinas no início da semana passada.
A tempestade também afetou o Vietnã, onde meteorologistas esperavam forte chuva antes de o tufão começar a perder força na segunda-feira.
O tranporte por ar, trem e estradas foi suspenso em partes da China enquanto emissoras de TV mostravam ruas repletas de destroços incluindo árvores caídas e telhados arrancados pela força dos ventos.
Novo risco
Em Hainan, segundo informações não-oficiais, o ciclone já teria deixado 18 mortos, enquanto entre duas e cinco pessoas estariam desaparecidas.
O Rammasun é o maior tufão a atingir o sul da China desde a temporada de ciclones de 1973, informou o Serviço de Meteorologia do país.
Neste ano, o supertufão Nora alcançou ventos de 295 km/h, embora tenha perdido força ao chegar ao continente.
A maioria das pessoas morta nas Filipinas foi atingida por pedaços de destroços e árvores, informou a defesa civil do país, enquanto outras seis pessoas desaparecidas estariam navegando no bar durante a passagem do ciclone.
Um novo tufão, Matmo, com ventos de até 150 km/h, pode atingir a área devastada pelo Rammasun, informou à agência de notícias AFP Mina Marasigan, porta-voz do Conselho de Administração e Redução de Risco de Desastres Nacionais das Filipinas.
Cerca de 20 grandes tempestades atingiram o país neste ano, acrescenta a AFP.
As Filipinas encontram-se em uma região onde esse tipo de fenômeno natural é recorrente, em grande parte devido às águas quentes do Oceano Pacífico.