'Vatapá, ida ao bondinho e abraço em jequitibá': os 100 anos da visita de Einstein ao Rio

14 de março é a data de nascimento do físico, tido como um dos maiores cientistas de todos os tempos; visita ao Rio durou nove dias em 1925

13 mar 2025 - 18h55
(atualizado às 19h48)
Resumo
Albert Einstein completaria 146 anos hoje. Em 1925, visitou o Brasil e outras partes da América do Sul, liderando palestras e conhecendo pontos turísticos.
Albert Einstein esteve no Rio em março de 1925
Albert Einstein esteve no Rio em março de 1925
Foto: Reprodução

Caso ainda fosse vivo, Albert Einstein completaria 146 anos nesta sexta-feira, 14 de março. Considerado um dos maiores cientistas de todos os tempos, a partir da 'Teoria da Relatividade', em que revolucionou a compreensão da sociedade sobre espaço, universo, tempo e gravidade, foi em uma data perto do seu aniversário, mais precisamente em 21 de março de 1925, que o físico esteve pela primeira vez na América do Sul, e foi no Brasil. 

A visita de Einstein foi matéria de primeira página no diário 'O Jornal', intitulada 'O Dia de Einstein'. À época, o cientista já era muito conhecido, tendo conquistado o Prêmio Nobel de Física. 

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O Jornal destaca 'O Dia de Einstein'
Foto: Reprodução

Foram poucas horas desde que o navio atracou no Rio de Janeiro antes de seguir para Buenos Aires. Neste intervalo, contudo, Einstein conseguiu visitar o Jardim Botânico e o Copacabana Palace. Ficou encantado. 

O gênio passou um mês em Buenos Aires, uma semana em Montevidéu, no Uruguai, e retornou ao Rio no dia 4 de maio para ficar até o dia 12 do mesmo mês. Esteve hospedado na suíte 400 do Hotel Glória. Neste regresso, liderou palestras e visitou muitos pontos da capital carioca, isso sempre seguido pela imprensa e por admiradores, embora não gostasse do assédio. Na gastronomia, Einstein comeu, de acordo com 'O Jornal', vatapá com pimenta. 

Foi também ao campus do Observatório Nacional, em São Cristóvão, onde conheceu astrônomos brasileiros. De mesmo modo, esteve no Pão de Açúcar (de bondinho, claro!), foi à Rádio Sociedade, onde mencionou a importância da ciência e incentivou os brasileiros a investirem no conhecimento, e ao Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), localizado na zona norte da cidade. No Instituto, o matemático assinou o exemplar da revista Annalen der Physik (Anais da Física), que desde então encontra-se sob a guarda da Biblioteca de Manguinhos.  

Einstein visitou o Observatório Nacional e a Fiocruz
Foto: Reprodução

A visita de Einstein ainda rendeu um abraço e um beijo em um imenso jequitibá pelo qual o cientista ficou apaixonado. Ao escutar explicações do presidente do Jardim Botânico sobre a árvore, o físico ficou impressionado, a ponto de escrever posteriormente em alemão "um dos maiores acontecimentos que tive mediante impressões visuais”, ao relembrar a visita ao parque na zona sul carioca.

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Einstein morreu aos 76 anos, em 18 de abril de 1955, em Princeton, Nova Jersey, nos Estados Unidos. 

Fonte: Redação Terra
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