Cientistas descobrem qual tipo de papel é mais provável de causar um corte

Grupo de estudos da Dinamarca testou vários tipos de papel diferente para entender qual é pode ser o mais dolorido

28 jun 2024 - 10h43
Foto: shayne_ch13/Freepik

Cientistas descobriram qual é o tipo mais perigoso de papel quando se trata de cortes. Uma pesquisa realizada na Universidade Técnica da Dinamarca, publicada na Physical Review E, aponta que um papel de 65 micrômetro de espessura é o pior nesses casos.

“Recebi muitos cortes de papel e, francamente, eles começaram a me irritar”, diz Kaare Jensen, coautor do estudo, ao NewScientist.

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Jensen não conseguiu achar a causa principal dos cortes de papel em estudos científicos existentes, pois a maioria focava principalmente no risco de infecção.

Por isso, ele e seus colegas decidiram criar um novo experimento. Os cientistas reuniram diversos tipos de papel, com diferentes espessuras. Eles incluíram papel higiênico, revistas impressas, papel de escritório, páginas de livros, cartões de visita e fotos impressas.

Eles testaram a capacidade de cada papel de cortar um dedo humano passando-o contra um bloco de gelatina balística, material feito para simular os efeitos de ferimentos de bala no tecido muscular e imita a pele humana com precisão.

Em seguida, eles criaram um pequeno robô que empurrava amostras diferentes de papel sobre a gelatina em vários ângulos para simular um "ataque" com o papel.

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As evidências gravadas em vídeo pelo grupo de estudo mostram que há um grau de perigo quando um papel com cerca de 65 micrômetros de espessura se aproxima da gelatina em um ângulo de 15 graus. Esse tipo de papel é usado para impressoras matriciais, bem como em revistas científicas impressas.

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Ao NewScientist, Jensen diz que o que faz o corte desse tipo de papel ser tão doloroso é justamente a espessura.

Ele não é tão fino a ponto de dobrar e se deformar quando entra em contato com a gelatina (ou uma mão, no caso). Porém, não é tão espesso a ponto de seu impacto ser amortecido devido à pressão ser distribuída pelo papel.

Os resultados inspiraram os pesquisadores a criar uma faca com uma lâmina feita de papel reciclado, que foi mais eficaz quando tinha 65 micrômetros de espessura. O “Papermachete” poderia cortar maçãs, pepinos e até frango, desde que não ficasse muito molhado.

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Fonte: Redação Byte
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