Cientistas dizem ter criado inteligência artificial que imita sua assinatura; veja

Pesquisadores da Universidade de Inteligência Artificial Mohamed Bin Zayed, em Abu Dhabi, anunciaram programa que imita caligrafia

16 jan 2024 - 12h00
(atualizado às 12h01)
Patenteada tecnologia de IA imita caligrafia
Patenteada tecnologia de IA imita caligrafia
Foto: Hannah Olinger/Unsplash

Pesquisadores da Universidade de Inteligência Artificial Mohamed Bin Zayed (MBZUAI), em Abu Dhabi, afirmam que desenvolveram uma ferramenta capaz de imitar a caligrafia das pessoas utilizando inteligência artificial (IA).

Ainda não há estudo publicado em periódico científico sobre a invenção. Resultados foram apresentados em um congresso em 2021 e, no final de 2023, os pesquisadores anunciaram que receberam uma patente do Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos para a ferramenta.

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O sistema utiliza uma rede neural avançada, para aprender e replicar o estilo de escrita individual baseando-se em apenas alguns parágrafos de amostra, segundo seus desenvolvedores.

A inovação promete auxiliar indivíduos com incapacidades físicas para escrever e decodificar os tradicionais "garranchos" de médicos em receitas, além de possibilitar a criação de publicidades personalizadas.

Veja amostra divulgada pelos pesquisadores

Modelo base de escrita (à direita), nova IA (HWT) e dois outros geradores de caligrafia
Foto: Divulgação/Universidade de Inteligência Artificial Mohamed Bin Zayed

Por hora, a ferramenta em tese consegue gerar texto em inglês e, em menor grau, em francês. A reprodução da caligrafia em árabe tem se mostrado um desafio maior, segundo os pesquisadores.

Embora a ferramenta ainda não esteja disponível ao público, já existem preocupações com a possibilidade de seu uso indevido, como de praxe em outras ferramentas que usam IA. Problemas como falsificação de assinatura são só o ponto de partida das possíveis complicações.

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Com isso em mente, os desenvolvedores da ferramenta querem desenvolver medidas preventivas. Hisham Cholakkal, também professor assistente de visão computacional na MBZUAI, disse, em entrevista à Bloomberg, que seria "como desenvolver um antivírus para um vírus."

A equipe também enfatiza a importância de conscientizar o público e criar ferramentas para combater a falsificação.

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Fonte: Redação Byte
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