O vídeo do confronto entre dois jovens e uma píton birmanesa de quase seis metros de comprimento viralizou recentemente nas redes sociais. O animal foi capturado na Flórida, onde Jake Waleri e Stephen Gauta caçam serpentes do tipo.
As píton birmanesas não são venenosas mas se tornaram um problema ambiental na área, representando um perigo para o ecossistema local. A espécie invasora come mamíferos, pássaros e jacarés e foi introduzida nos anos 70 e, desde então, passou por uma explosão populacional no sul da Flórida.
Um estudo recente do Serviço Geológico dos EUA revelou que as pítons birmanesas invasoras estão se espalhando para o norte do estado, ameaçando cada vez mais o ecossistema.
Pouco se sabe sobre sua população exata e seus padrões de reprodução e a pesquisa destacou a dificuldade de conter o crescimento dessas cobras gigantes.
O governo recomenda a captura e morte humanitária dessas cobras para proteger a fauna local. Mais de 18.000 foram removidas desde 2000, incluindo 2.500 em 2022, de acordo com a Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem.
Estimativas apontam que a Flórida possui mais de 130 espécies invasoras reproduzindo-se na natureza.
O animal capturado pela dupla, com 57kg e 579 cm, é a maior cobra da espécie já registrada, segundo a Conservancy of Southwest Florida, uma associação local de preservação ambiental. Seu corpo será utilizado para pesquisas e estudos sobre a população desses animais no sul do estado.
Veja vídeo do momento da captura
"Gigante é um eufemismo para esta besta", escreve a dupla. "Ser capaz de ver uma cobra deste tamanho já seria um sonho, mas fazer parte deste recorde é algo que nunca poderíamos ter imaginado".