Com dinheiro de Bill Gates, startup desenvolve máquina que captura CO2; veja como funciona

Mission Zero planeja intensificar a remoção de CO2 e reduzir significativamente os custos e o consumo de energia

18 mar 2024 - 16h23
Empresa captou R$ 140 milhões para "sugar" CO2 do ar
Empresa captou R$ 140 milhões para "sugar" CO2 do ar
Foto: Divulgação/Mission Zero Technologies

A startup britânica Mission Zero Technologies anunciou nesta segunda-feira (18) que arrecadou £ 21,8 milhões (cerca de R$ 139 milhões) para desenvolver sua tecnologia de captura de CO2.

A rodada de investimento foi liderada pelo fundo 2150. A Breakthrough Energy de Bill Gates, que guiou uma outra rodada de financiamento ocorrida em 2020, também participou da nova captação, junto com o World Fund, Fortescue e Siemens

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Como a tecnologia funciona?

O sistema tem duas fases principais: a captura do CO2 usando um líquido e, em seguida, purificação desse CO2 através de eletricidade. A tecnologia usa uma reação química para absorver o gás.

Após a captura, a Mission Zero separa o CO₂ do líquido usando um processo chamado eletrólise, que basicamente usa eletricidade para quebrar a mistura, isolando o CO₂ em sua forma pura. Isso resulta em CO₂ com pureza entre 98% e 99%, segundo a empresa.

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O modelo comercial adotado por várias empresas que desenvolvem tecnologias de captura de carbono geralmente envolve a venda de créditos de carbono. Os títulos representam a quantidade de carbono que suas tecnologias conseguem remover do ambiente, e outras empresas compensam suas emissões comprando essas cotas.

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A Mission Zero escolheu um caminho distinto. Em vez de gerenciar suas próprias instalações de captura de carbono, a empresa opta por comercializar diretamente suas unidades de captura direta de ar (DAC) para setores que requerem um suprimento contínuo de carbono.

Isso inclui indústrias que fabricam combustível sintético para aeronaves e até o setor de bebidas, que podem utilizar o CO₂ capturado em seus processos.

Fonte: Redação Byte
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