A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que as mudanças climáticas são uma das maiores emergências atuais. E essa pode ser uma das principais causas de eventos extremos que aconteceram em 2022, como o ciclone bomba que atinge os Estados Unidos e o Canadá.
O aumento da concentração de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO²), na atmosfera vem causando um desequilíbrio em todo o ecossistema.
Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), por dez anos seguidos as temperaturas médias globais ficam, pelo menos, 1ºC acima dos níveis anteriores à era industrial. Estamos muito próximos de quebrar o limite de 1,5ºC estabelecido pelo Acordo de Paris.
Confira o que vem sendo alterado no planeta com a ação do homem, de acordo com os dados coletados pela Organização das Nações Unidas (ONU):
Oceanos em alta
A taxa de crescimento do nível do mar dobrou nos últimos 30 anos. Desde que as medições por satélite começaram nos anos 90, os últimos dois anos e meio foram responsáveis por 10% do aumento geral do nível do mar.
Derretimento do gelo
Neste ano, foi registrada a sexta temperatura anual mais quente no Ártico desde 1900. Tivemos indicações de derretimento recorde nas geleiras dos Alpes europeus. Na Groenlândia, a camada de gelo perdeu massa pelo 26º ano consecutivo.
Ar seco e quente
Índia e Paquistão registraram calor recorde em março e abril. A China também sofreu com um registro histórico de calor este ano. No Reino Unido, a temperatura ultrapassou os 40ºC pela primeira vez. O norte de Portugal sofreu com incêndios florestais causados pelo ar seco e quente.
Chuvas anormais
A África Oriental teve falta de chuvas, atingindo milhões de pessoas na Etiópia, Quênia e Somália. Por outro lado, o excesso de chuvas causou quase 2 mil mortes no Paquistão.
Ficamos doentes junto com o planeta
De acordo com a OMS, as alterações climáticas aumentam os casos de doenças transmitidas por água, alimentos ou insetos. Países como o Brasil, em que a população ainda é carente de saneamento básico, estão com a saúde mais vulnerável pelas alterações climáticas.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), doenças como malária, leishmaniose e dengue são as enfermidades mais sensíveis a essas mudanças. A hepatite A também é uma preocupação em áreas inundadas por fortes chuvas.